Homem é agredido e morre após reclamar de preço de carne; veja o vídeo

Homem é agredido e morre após reclamar de preço de carne; veja o vídeo

Um homem de 40 anos morreu após ser agredido na saída de um açougue em Alvorada, região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Isso porque, segundo as investigações, ele teria reclamado do preço da carne. O fato ocorreu no último sábado (2).


Conforme as imagens gravadas por câmeras do circuito interno de segurança, Wagner de Oliveira Lovato entra no estabelecimento e vai em direção ao balcão de atendimento. Ele conversa com um atendente e depois segue em direção à porta.


Uma outra câmera mostra Wagner parado na saída e um outro homem de vermelho, aparentemente, tentando separar uma discussão entre a vítima e outra pessoa que não aparece na filmagem.


Segundos depois, Wagner sai do açougue acompanhado por um homem de blusa listrada que, segundo a polícia, seria amigo da vítima. O gerente que estava observando da porta do comércio caminha em direção a eles e nesse momento começa uma briga.


Durante as agressões, o amigo desfere dois socos contra Wagner, que cai e bate forte com a cabeça no chão. O gerente tenta ainda pisar no rosto da vítima, mas é contido por populares.


Segundo a Polícia Civil, antes das agressões, no balcão de atendimento não ficou registrado que o cliente se exaltou e de que houve alguma discussão. Os agressores afirmaram que fizeram isso para se defender, porém, as imagens não mostram que a vítima tentou agredir alguém.


Wagner foi socorrido ao Hospital Cristo Redentor, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu. O atestado de óbito apontou traumatismo craniano. Ele era um ex-empresário, que havia virado ambulante na pandemia, vendendo salgados para sustentar a esposa, três filhas e uma neta.





O que diz a defesa?


Tanto o amigo da vítima quanto o gerente do açougue foram presos preventivamente. Nenhum deles tem antecedentes criminas. O advogado de Luciano Ribeiro dos Santos, o amigo, disse que o cliente não esperava que seu soco poderia causar uma fatalidade e que ele lamenta o ocorrido.


Além disso, enfatizou que o cliente tentou socorrer o ambulante, porém, foi impedido pelos populares que o agrediu. O caso foi classificado pelo advogado como uma “fatalidade derivada de uma discussão”.


“Ficou para prestar seus esclarecimentos às autoridades policiais e judiciárias, sem fugir de sua responsabilidade culposa. Deseja o esclarecimento total e a realização da Justiça”, disse na nota enviada à imprensa.


Já o advogado do gerente Luciano Monteiro, disse em entrevista ao UOL que entrou com pedido na Justiça para reverter a prisão preventiva. "[...] A própria investigação aponta que não há imagens de agressões do meu cliente contra a vítima. Só houve socos (desferidos por outra pessoa)”. A defesa também disse que seu cliente estava alcoolizado e não conseguiu praticar a agressão, mesmo que tenha a intenção.

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