Presidente do Atlético diz que redução dos salários não atingirá 77% dos funcionários

Presidente do Atlético diz que redução dos salários não atingirá 77% dos funcionários
O corte de 25% nos salários no Atlético vai afetar apenas uma parcela menor do quadro de funcionários do clube. O presidente Sérgio Sette Câmara informou que 77% dos trabalhadores não serão atingidos pela medida tomada devido à paralisação no futebol brasileiro por conta da pandemia do coronavírus.

“Tomamos esta medida depois de muita conversa com nossa equipe econômica, com nossos parceiros, diretoria, presidente do conselho. Entendemos que essas medidas são mais do que duras, são necessárias para a preservação da nossa instituição, que possa passar por este período de dificuldade que vai se perdurar por um bom tempo”, disse.


“Então, pensando no Clube Atlético Mineiro, tentando salvaguardar a maioria dos empregos e dando uma condição digna para nossos colaboradores, é que nós chegamos à conclusão de que essa seria a melhor decisão, que entendemos ser corajosa e que vai salvaguardar a nossa instituição por este período de quarentena”, acrescentou.


A porcentagem citada por Sette Câmara é de quem recebe até R$ 5 mil por mês. De acordo com o mandatário alvinegro, o corte foi necessário para não “destroçar” o Atlético financeiramente.


“Estamos trabalhando muito para fazer, neste momento, uma gestão responsável. Temos que passar por essa crise sem deixar o Atlético destroçado do ponto de vista financeiro e, ao mesmo tempo, preservando a grande maioria dos empregos. Esta medida não atinge 77% dos nossos colaboradores. Esses não terão nenhum tipo de redução”, explicou.


Sette Câmara deu a entender que não houve uma consulta aos atletas e que a decisão foi unilateral da diretoria. O presidente explicou que, antes, o diretor de futebol Alexandre Mattos já vinha conversando com jogadores e integrantes da comissão técnica para informá-los da medida que seria tomada pelo clube. O técnico Jorge Sampaoli declarou que entende a redução salarial e que é "momento de entender o que está acontecendo e colaborar".


“A gente vinha fazendo as análises e passando para o Alexandre Mattos, que vem mantendo diálogo com os atletas e com a comissão técnica e explicando o ponto de vista da direção do clube. Quem não fizer alguma coisa, em questão de tempo vai deixar de pagar os salários. Tentamos achar uma equação para que o clube permanecesse em condições mínimas para passar essa crise”, argumentou.


Apesar de admitir que a atitude possa gerar discussão na Justiça posteriormente, Sette Câmara acredita que o clube tem amparo legal para se defender. “A gente entende que há embasamento legal para esse redutor de 25%. É discutível, mas quero crer que muitos clubes vão tomar medidas com base nessa nossa decisão. Do contrário, a tendência é de clubes terem uma situação financeira tão crítica que não conseguiriam nem terminar o ano”, frisou.

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