Com preço médio de R$4,67, o litro da gasolina em Minas Gerais é o segundo mais caro do Brasil, atrás apenas do Acre, onde o valor chega a R$4,74. O levantamento foi divulgado nesta semana, no Diário Oficial da União, pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), do Ministério da Fazenda.
Segundo o professor do Ibmec Felipe Leroy, três fatores contribuem para que Minas Gerais ocupe a segunda posição: o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), o alinhamento de preços e a geografia do estado.
Atualmente, Minas Gerais aplica 31% de ICMS sobre o preço da gasolina, enquanto em São Paulo, por exemplo, a alíquota é 25%. Para uma baixa imediata no preço da gasolina em Minas, a solução mais imediata, de acordo com Leroy, seria estudar o impacto da equiparação do imposto com outros estados: "Seria o ideal, para competirmos de igual para igual", ressalta.
O alinhamento de preços também é determinante para o aumento do valor do combustível. O professor destaca que muitos postos combinam valores e a diferença chega a ser de R$0,01. "No interior é ainda pior. A concentração de mercado é grande e altera o preço significativamente".
A logística também não ajuda. O preço do transporte entre as cidades eleva consideravelmente o valor do combustível devido ao tamanho do estado.
A solução para diminuir o preço, segundo Felipe Leroy, é sermos autossuficientes na produção dos derivados do petróleo, o que a curto prazo é muito difícil. "Dependemos muito da cotação do petróleo no mercado internacional", completa.
