Empresa deverá fabricar partes para a fabricação de torres eólicas
O município de Santana do Paraíso deverá se beneficiar em breve com a instalação de mais uma empresa de médio porte no seu parque industrial. Isto porque a Emalto Indústria Mecânica, tradicional empresa do setor metalúrgico do Vale do Aço, deve iniciar as operações na nova planta em Santana do Paraíso dentro de 30 dias.
A unidade foi modelada para a fabricação de peças que conectam os rotores às torres eólicas (hub). A empresa não informou o valor do investimento, mas admitiu que já planeja fabricar outras partes que compõe as torres eólicas.
De acordo com o diretor Administrativo da Emalto, Alexandre Torquetti Júnior, em junho de 2014 a empresa adquiriu uma área de 38 mil metros quadrados em galpões industriais da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas). A ideia era adaptar as instalações para a produção de equipamentos para a indústria de óleo e gás, especificamente para a exploração do pré-sal.
De lá para cá, no entanto, a exploração do pré-sal se tornou praticamente inviável, pressionada pelos altos custos para a extração do óleo em águas profundas, o recuo nos preços internacionais do petróleo e os escândalos de corrupção na Petrobras. A combinação desses fatores derrubou a demanda por equipamentos do setor e atrapalhou os planos da Emalto.
A solução foi direcionar os esforços para modelar a planta para fabricação de bens de capital para um setor que estivesse provocando o aquecimento da demanda por materiais e equipamentos. Segundo Torquetti, esse segmento foi a geração de energia a partir de fontes limpas, especificamente a indústria de geração de energia eólica.
“Inicialmente a ideia era voltar a unidade para o setor de óleo e gás, mas veio o ‘Petrolão’ e isso desacelerou o mercado. Hoje, a unidade passa por uma fase final de investimentos e a expectativa é que dentro de 30 dias já estará funcionando para atender o setor de energia eólica”, explicou Torquetti, sem informar mais detalhes sobre o aporte.
Segundo o diretor, a Emalto investiu na compra de equipamentos de usinagem para a fabricação de uma das partes da torre eólica, no caso o hub, que é a peça onde se conectam os rotores e pás das torres. Torquetti acrescentou que a ideia é também produzir outras partes que compõem o equipamento. Entretanto, ele não detalhou mais esses planos.