Quase cinco meses após o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, a Defesa Civil de Minas Gerais realizou na manhã desta terça-feira (18) um simulado de evacuação com pessoas que trabalham nas zonas quentes onde a barragem rompeu e onde está a barragem B6, que continua ativa e faz parte do mesmo complexo. Ao todo, 434 pessoas participaram do simulado, sendo 300 funcionários da mineradora e 134 bombeiros.
O simulado durou apenas 12 minutos. Assim que a sirene da barragem B6 tocou na mina, por volta das 10h, os participantes foram direcionados a um dos 26 pontos de encontro criados ao longo da mancha de 14 km.
No primeiro ponto, os trabalhadores chegaram em 1 minuto, enquanto, no último, demoraram 12 minutos. De acordo com a Defesa Civil, em caso de rompimento da barragem, a lama chegaria ao centro de Brumadinho em 54 minutos, enquanto, em Córrego do Feijão, o alcance variaria entre seis e 48 minutos.
"É uma questão de prevenção para que as pessoas que estão trabalhando na área saibam onde são seus pontos em comum. A barragem permanece com o mesmo fator de segurança. Não tem nada a ver com barragem. É padrão pra todo empreendimento que tiver pessoas trabalhando", afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, a barragem B6, que dois dias após o rompimento da barragem B1, em janeiro deste ano, corria risco iminente de rompimento, já foi praticamente toda esvaziada e tem 10.000 metros cúbicos de água atualmente.
A reportagem questionou a Vale sobre as condições das barragens que compõem o complexo e as medidas de segurança a serem tomadas e aguarda retorno.