Após dizer que foi ameaçada por criticar ação policial em Varginha, deputada do PSOL consegue direito a escolta policial

Após dizer que foi  ameaçada por criticar ação policial em Varginha, deputada do PSOL consegue direito a escolta policial

Está a cargo da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil investigar ameaças à deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Segundo a deputada, pelo menos 35 ameaças chegaram pelas redes sociais, todas em tom intimidatório, algumas de cunho racista e três ameaças claras de morte. 


Os recados chegaram após a parlamentar anunciar investigações sobre a ação das Forças de Segurança em Varginha, no Sul de Minas, que teve como saldo a morte de 26 suspeitos de envolvimento com o chamado Novo Cangaço. “Todas as ameaças que a gente está recebendo são de perfis reais, não é robô. Chegaram ao ponto de ligar para o meu gabinete ameaçando, xingando, então nós levamos para a Delegacia de Crimes Cibernéticos e aguardamos que a investigação siga até quando for necessário.”


Andréia de Jesus disse que mães de alguns dos suspeitos mortos a procuraram pedindo ajuda. “É papel das comissões acompanhar e fiscalizar, e é protocolar que todo procedimento que gera mortes seja investigado. As mães estão procurando a Comissão de Direitos Humanos para enterrar os filhos. A situação de desigualdade e de apodrecimento das pessoas não permite que essas mulheres tenham direito ao luto e é isso que a gente está lutando aqui. Não queremos ver policiais mortos e não queremos também ver nenhum suspeito que está respondendo processo ter a vida ceifada antes do devido processo legal.”


A deputada garantiu que vai continuar sua atuação na assembleia e disse que vai passar a andar sob escolta policial. 

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