Em entrevista à rádio Itatiaia, o integrante do Núcleo Dirigente Transitório, Carlos Ferreira, revelou o começo das conversas e que as negociações têm tido uma “boa evolução”. Contudo, o gestor não especificou com quem são as tratativas (clubes ou jogadores) e quais seriam as dívidas que podem ser postergadas.
“Os processos que lá tramitam já estão em fase final de execução, não cabendo mais recursos. Dessa forma, temos que negociar diretamente com os clubes que acionaram a Fifa. As negociações estão tendo boa evolução e esperamos, em um curto espaço de tempo, que todas as negociações seja concluídas em benefício do Cruzeiro”, disse.
Em nota divulgada no dia 31 de janeiro deste ano, o Cruzeiro admitiu que a dívida gira em torno de R$ 50 milhões em datas diversas que vão até 2022. No entanto, o débito em curto prazo complica as finanças da Raposa, já que, só neste primeiro semestre, os valores previstos de processos na Fifa somam cerca de R$ 25 milhões. Há ainda outros R$ 22 milhões a serem pagos na segunda metade de 2020.
Para minimizar o impacto financeiro, o Cruzeiro, assim como diversos outros clubes brasileiros, concedeu 20 dias de férias coletivas aos jogadores a partir de 1º de abril – a maioria dos funcionários da área administrativa já estão de férias. Se, depois do período, a pandemia do coronavírus continuar impedindo o retorno às atividades, a Raposa estudará novas medidas, como a redução em 25% dos salários dos jogadores e comissão técnica.