Presidente da Hungria renuncia ao cargo após perdoar homem que encobriu caso de abuso sexual em lar de crianças

Presidente da Hungria renuncia ao cargo após perdoar homem que encobriu caso de abuso sexual em lar de crianças

**Presidente da Hungria Renuncia Sob Pressão Após Escândalo de Perdão a Condenado por Abuso Sexual em Lar de Crianças**


No último sábado (10), a presidente da Hungria, Katalin Novak, aliada próxima do primeiro-ministro Viktor Orban, anunciou sua renúncia em um discurso transmitido pela televisão estatal. A decisão veio após intensa pressão de diversos partidos que exigiram sua renúncia.


A controvérsia teve início em abril de 2023, quando Novak concedeu perdão a mais de 20 pessoas, incluindo o vice-diretor de um lar de crianças. Este indivíduo havia sido condenado por ajudar a encobrir casos de abuso sexual na instituição. A presidente admitiu seu erro ao afirmar: "Eu cometi um erro... Hoje é o último dia em que me dirijo a vocês como presidente."


No seu discurso de renúncia, Novak reconheceu sua falha ao justificar o perdão, declarando: "Tomei a decisão de conceder um indulto em abril passado, acreditando que o condenado não havia abusado da vulnerabilidade das crianças que ele havia supervisionado. Cometi um erro, pois o perdão e a falta de fundamentação foram adequados para provocar dúvidas sobre a tolerância zero que se aplica à pedofilia."


A crise se agravou durante a semana, com partidos de oposição exigindo a renúncia de Novak e manifestantes se reunindo em frente ao seu escritório. Na tentativa de conter danos políticos, Viktor Orban apresentou uma emenda constitucional, na qual o presidente perde o direito de perdoar crimes cometidos contra crianças.


Além disso, a ex-ministra da Justiça de Orban, Judit Varga, que também assinou o perdão, anunciou sua renúncia ao cargo de deputada do Fidesz no Facebook, assumindo a responsabilidade pela controversa decisão. Estas reviravoltas políticas ocorrem em meio ao início da campanha para as eleições do Parlamento Europeu em junho, onde o partido Fidesz busca manter sua posição.

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