Jornalista que usou camisa arco-íris no Qatar morre em jogo entre Holanda x Argentina

Jornalista que usou camisa arco-íris no Qatar morre em jogo entre Holanda x Argentina

O jornalista Grant Wahl, dos Estados Unidos, morreu nesta sexta-feira no Qatar, após passar mal na tribuna de honra do estádio Lusail, onde estava sendo disputado o jogo entre Holanda x Argentina. A informação foi confirmada pela rádio "NPR", onde ele trabalhava, pela federação de futebol dos EUA e pelos próprios familiares.


As fontes não confirmaram se o jornalista de 47 anos morreu no trajeto para o hospital ou após a internação. Recentemente, Grant Wahl fez um desabafo nas redes sociais ao ser barrado quando ia como torcedor para um jogo da seleção dos Estados Unidos. Ele usava uma camisa com as cores do arco-íris.


- Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido - escreveu Grant, no Twitter.


Em entrevista ao "The New York Times", Tim Scanlan, agente do jornalista, afirmou que ele não vinha se sentido bem nos últimos dias.


- Ele não estava dormindo bem. Ele disse: Só preciso relaxar um pouco - disse.


O momento também foi relatado pelo jornalista brasileiro Francisco De Laurentiis, que afirmou que viu o momento do atendimento ao jornalista de perto.


- Infelizmente vi a cena acontecer ao meu lado na tribuna de imprensa hoje na prorrogação de Holanda x Argentina. Lamentavelmente, perdemos Grant Wahl, referência na cobertura de futebol. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos próximos - disse o brasileiro, que compartilhou um comunicado da federação dos Estados Unidos.


VEJA O COMUNICADO


"Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl. Os fãs de futebol e jornalismo da mais alta qualidade sabiam que sempre poderíamos contar com a Grant para entregar histórias perspicazes e divertidas sobre nosso jogo e seus principais protagonistas: times, jogadores, treinadores e as muitas personalidades que tornam o futebol diferente de qualquer esporte. Aqui nos Estados Unidos, a paixão de Grant pelo futebol e o compromisso de elevar seu perfil em nosso cenário esportivo desempenhou um papel importante em ajudar a aumentar o interesse e o respeito pelo nosso belo jogo", iniciou a federação norte-americana.


Tão importante quanto isso foi a crença de Grant no poder do jogo para promover os direitos humanos. Isso foi e continuará sendo uma inspiração para todos. Grant fez do futebol o trabalho de sua vida, e estamos arrasados que ele e sua escrita brilhante não estarão mais no futebol dos EUA, que envia suas mais sinceras condolências à esposa de Grant, Dra. Celine Gounder, e todos os seus familiares, amigos e colegas na mídia. E agradecemos a Grant por sua tremenda dedicação e impacto em nosso jogo nos EUA. Sua escrita e as histórias que ele contou viverão"

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