Jair Bolsonaro critica Moraes após segunda condenação no TSE; 'quer me alijar da política'

Jair Bolsonaro critica Moraes após segunda condenação no TSE; 'quer me alijar da política'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou sua insatisfação com o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral, durante um discurso proferido em Santos (SP) nesta sexta-feira (3/11). Bolsonaro, que enfrentou sua segunda condenação à inelegibilidade pelo TSE, alegou que Moraes tem como objetivo "alijá-lo da política" e afirmou que, no momento, está saindo vitorioso da situação.


No evento em Santos, Bolsonaro mencionou que está analisando com seus advogados a estratégia para recorrer da segunda condenação, que ocorreu com um placar de 5 a 2 no plenário do TSE. Além da inelegibilidade, foi imposta a Bolsonaro uma multa no valor de R$ 425,6 mil devido ao uso eleitoral dos eventos realizados em 7 de setembro de 2022. Seu vice, Walter Braga Netto, também foi condenado, com uma multa de R$ 212,8 mil.


"A gente está vendo qual é a estratégia nossa, se bem que não tem estratégia. Estratégia é o que o Alexandre de Moraes quer. E a gente sabe o que ele quer. É me alijar da política", disse Bolsonaro em resposta a uma pergunta de um repórter da Folha de S. Paulo.


Alexandre de Moraes, além de presidir o TSE, é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi sorteado como relator de diversos inquéritos que envolvem investigações contra o ex-presidente. Bolsonaro é investigado, por exemplo, como autor intelectual dos eventos de 8 de janeiro.


A condenação ocorreu em 31 de outubro, quando o TSE determinou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e seu vice nas Eleições de 2022, Walter Braga Netto, por oito anos, devido ao uso eleitoral das celebrações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro do ano passado, em Brasília e no Rio de Janeiro. A decisão foi aprovada pelo mesmo placar de 5 a 2. Além das inelegibilidades, ambos foram multados, somando um total de R$ 640 mil em multas, sendo R$ 425,6 mil para Bolsonaro e R$ 212,8 mil para Braga Netto.


O ministro Alexandre de Moraes, em seu voto, enfatizou o "abuso claro" e a "alteração absurda" do desfile tradicional do Rio de Janeiro, alegando que houve uma instrumentalização das Forças Armadas para promover a candidatura de presidente e vice-presidente da República. Advogado de defesa de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, Tarcísio Vieira anunciou que recorrerá da decisão do TSE.

Siga o Instagram do Portal Minas SEGUIR

Coluna do Rogério