**Marina Investiga Responsabilidade de Bolsonaro em Tragédia no RS, mas Deixa Lacunas sobre Ações Ministeriais**

Em meio à tragédia que assola o Rio Grande do Sul, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, levantou questões importantes em entrevista à CNN Brasil, buscando compreender a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao abordar a falta de investimento em radares meteorológicos e sua potencial influência na mitigação das enchentes, Marina enfatizou os anos de negligência em políticas climáticas e de prevenção.

"Se não tivéssemos quatro anos de apagão em termos de política climática e de prevenção, certamente estaríamos em uma situação diferente. Essas políticas foram retomadas a partir de 2023. No entanto, é evidente que resolver questões dessa magnitude demanda mais do que um ano", ressaltou a ministra.

No entanto, Marina não especificou as ações adotadas por seu ministério para minimizar os efeitos da catástrofe. Ainda assim, anunciou planos de declarar emergência climática em cerca de 1,9 mil municípios vulneráveis a eventos extremos até o final de 2024. Essa medida visa implementar ações contínuas, como remoção de populações em áreas de risco, melhorias na infraestrutura e sistemas de alerta mais eficientes.

Enquanto isso, a Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou-se para auxiliar as vítimas da tragédia, solicitando doações de roupas, alimentos e água potável em suas bases em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

A devastação no Rio Grande do Sul continua a crescer, com o número de mortos alcançando 57 e ainda 67 desaparecidos, segundo a Defesa Civil. Mais de 42 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em todo o estado, evidenciando a urgência de ações efetivas para lidar com as consequências das chuvas.

Em meio às críticas e à polarização política, é fundamental concentrar esforços na resolução imediata dos problemas enfrentados pela população gaúcha, sem perder de vista a necessidade de políticas públicas consistentes para enfrentar os desafios climáticos em todo o país.