Comerciantes aproveitam tragédia e vendem água potável a R$ 98 o galão em comunidades atingidas pela enchente em SP

Comerciantes aproveitam tragédia e vendem água potável a R$ 98 o galão em comunidades atingidas pela enchente em SP

Comerciantes vendem água potável a preços exorbitantes em comunidades atingidas pela chuva intensa no litoral norte do Estado de São Paulo. A denúncia foi feita por moradores e confirmada por jornalistas que cobrem a tragédia que já tem 44 mortos, dos quais, 43 em São Sebastião e um em Ubatuba, atingidos pelos alagamentos e deslizamentos de terra.


Com a escassez de água potável, alguns comerciantes tentaram se aproveitar da situação. Os preços dos galões de 20 litros variam entre R$ 98 e R$ 120, enquanto o preço normal de um galão gira em torno de R$ 15. “Os comerciantes estão alugando barcos de Barra de Una para Boiçucanga e vendendo a água por um absurdo”, diz um morador. Um grupo de turistas confirmou que havia quem quisesse cobrar R$ 98 por um galão.


A situação, que já é crítica, se agrava ainda mais com a ação dos comerciantes, que ignoram o estado de calamidade da região e buscam lucrar com o desespero das vítimas.


Infelizmente, essa não é uma situação inédita. Já vimos algo semelhante no início da pandemia de Covid-19, quando os preços das máscaras e do álcool gel dispararam em todo o país. O comportamento dos comerciantes deixa claro que, para muitos, a lógica do mercado vem antes do interesse público.


Enquanto isso, voluntários e equipes de resgate trabalham para tentar minimizar os danos causados pela chuva. A ajuda chega às comunidades afetadas por meio de helicópteros e barcos de pescadores, já que as estradas estão bloqueadas. Infelizmente, mesmo em momentos de crise como esse, ainda existem aqueles que preferem lucrar em vez de ajudar.

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