Aumenta o número de mulheres que fazem festas para comemorar divórcios no Brasil

Aumenta o número de mulheres que fazem festas para comemorar divórcios no Brasil

A prática de comemorar o fim de um casamento, conhecida como "festa do divórcio", vem ganhando destaque nas redes sociais, refletindo uma mudança cultural sobre o término de relacionamentos. Essas celebrações simbolizam um movimento de liberdade e reafirmação pessoal, principalmente entre as mulheres.


Historicamente, a separação amorosa era acompanhada de um período de luto e tristeza, especialmente no Brasil, onde o divórcio só se tornou legal em 1977. No entanto, após a promulgação da Constituição de 1988, que facilitou o processo de divórcio, as pessoas passaram a encarar o fim de um casamento de forma mais livre e positiva.


As festas do divórcio representam não apenas uma celebração do fim de um ciclo, mas também uma forma de enfrentamento e superação das adversidades que um término conjugal pode trazer. Essas celebrações têm sido observadas em diversos países, inclusive com eventos que envolvem grandes gastos, provocando debates sobre sua natureza e significado.


Leni Oliveira, psicóloga clínica e sexóloga, destaca que a ideia de comemorar o divórcio ainda é pouco discutida em consultórios, mas reconhece que as festas do divórcio são uma tendência em ascensão. Ela ressalta que essas celebrações podem representar a libertação de um casamento opressor e servir como uma forma de celebração da vida e da autonomia individual.


No entanto, Oliveira adverte que as festas do divórcio não devem ser vistas como uma maneira de evitar o luto, mas como parte de um processo maior de reconhecimento e aceitação do fim de uma relação. O fenômeno das festas do divórcio revela uma mudança cultural significativa sobre como o término de um casamento é percebido e vivenciado pela sociedade.

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