Grupos pró-Lula realizam atos esvaziados no Brasil e no exterior
Grupos de extrema-esquerda e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram às ruas de várias cidades brasileiras e do exterior em um movimento convocado após uma multidão se reunir na Avenida Paulista no mês passado em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, os atos pró-Lula foram marcados pelo esvaziamento.
Convocados por entidades para o "Dia de Mobilização Nacional de Luta pela Democracia", os atos tiveram baixa adesão, com reuniões de apenas algumas dezenas de pessoas em algumas capitais brasileiras. Em cidades como Barcelona, na Espanha, e Lisboa, Portugal, também houve mobilizações, mas sem grande expressão.
No Rio de Janeiro, o ato foi cancelado devido ao mau tempo, enquanto em Salvador, a principal manifestação contou com a presença da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), porém também foi esvaziada.
Apesar da mobilização ganhar força após o ato de Bolsonaro na Paulista, os movimentos afirmavam que não era uma resposta ao ex-presidente. A pauta dos atos era difusa, incluindo questões como a memória dos 60 anos do golpe militar, o genocídio na Palestina e a prisão de Bolsonaro.
A cúpula do governo Lula buscou se distanciar da organização dos atos, com o presidente da República e os ministros não comparecendo a nenhum deles. No entanto, o PT oficialmente convocou apoiadores à adesão, pedindo para que filiados e simpatizantes fossem às ruas defender as pautas da defesa da democracia.
Os atos foram organizados por movimentos de esquerda como Frente Povo Sem Medo (FPSM), Frente Brasil Popular e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de lideranças de partidos como PSOL e PCdoB.
Fonte: UOL
