O entorno de Jair Bolsonaro (PL) observa a ex-primeira-dama Michelle como uma candidata fortalecida e principal nome da oposição para o Palácio do Planalto em 2026, após o discurso dela em um ato na Avenida Paulista no último domingo (25).
Caso o ex-presidente permaneça inelegível, a direita precisará escolher uma alternativa para representar o bolsonarismo nas urnas e enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual corrida pela reeleição.
De acordo com pesquisas internas de aliados próximos de Bolsonaro, Michelle vem ganhando força e, no levantamento mais recente, ficou apenas oito pontos atrás de Lula.
O desempenho de Michelle em cima do trio elétrico, diante de milhares de pessoas, com um discurso inflamado e emocionado, empolgou estrategistas políticos.
Outros possíveis presidenciáveis com o aval de Bolsonaro incluem políticos já testados nas urnas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Com excessaõ de Tarcísio de Freitas, os demais tem resultados pífios nas pesquisas de opinião.
Pessoalmente, o ex-presidente não gostaria que Michelle concorresse à Presidência, especialmente devido aos ataques durante uma campanha eleitoral. No entanto, se ela despontar como a concorrente mais forte para derrotar Lula, aliados avaliam que será difícil abrir mão desse trunfo.
Senado Federal:
Caso não se lance à Presidência, a eleição de Michelle Bolsonaro ao Senado Federal é dada como certa pelos bolsonaristas. Ela poderia concorrer pelo Distrito Federal em 2026 ou, se o senador Sérgio Moro (União-PR) perder o mandato, pelo Paraná.
Se vencer, ela ganharia ainda mais visibilidade política com a tribuna do Parlamento à sua disposição.
