O panorama político de Minas Gerais e doextensão, do Brasil, parece cada vez mais complexo à medida que alguns líderes se articulam para uma distante eleição presidencial de 2026. Romeu Zema, o atual governador mineiro, fez um apelo por unidade na direita durante a conferência do Cpac Brasil 2023. No entanto, Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Jair Bolsonaro, respondeu com uma série de críticas que põem em xeque a viabilidade de Zema como nome a ser apoiado pelo bolsonarismo.

O apelo de Zema à união na direita

Falando na conferência do Cpac, Romeu Zema buscou enfatizar a necessidade de coesão entre os políticos de direita. "A direita precisa trabalhar unida; nós temos de estar juntos", disse o governador. Entretanto, as palavras de Zema parecem soar mais como uma tentativa de atrair o eleitorado bolsonarista do que um chamado genuíno à unidade.

A repostas de Wajngarten

Fabio Wajngarten foi rápido em questionar o comprometimento real de Zema com a causa da direita. Em postagens na plataforma X, o ex-assessor de Bolsonaro aludiu ao discurso de Zema dizendo: "Muito bacana esse papo de unir a direita, mas quem o propaga não mexe uma palha pela tal 'direita'". Ele foi ainda mais longe em suas críticas, usando expressões como "nojinho oportuno" e "união relativa".

Nojinho oportuno, conveniente.
União RELATIVA.
Não vai rolar mais.

— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) September 24, 2023

Zema atrás nas pesquisas

Um estudo recente do Instituto da Democracia (IDDC-INCT), intitulado "A Cara da Democracia", revelou que Zema ainda tem um longo caminho a percorrer se quiser ser o sucessor de Bolsonaro. Apenas 6% da população o veem como um candidato viável da direita, enquanto outros políticos como Tarcísio de Freitas, Sergio Moro e Michelle Bolsonaro lideram com 17%, 12% e 11% respectivamente.

 A busca por um candidato da direita que possa unificar o grupo continua, e Romeu Zema, ao que tudo indica, está longe de ser essa figura.