Brumadinho: principal perícia de rompimento deve ser concluída até junho

Brumadinho: principal perícia de rompimento deve ser concluída até junho

No próximo dia 25 de janeiro, a tragédia do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, completa um ano. O desastre deixou 259 mortos e ainda há 11 pessoas desaparecidas. Nesta quinta-feira (16), a Polícia Federal fez um balanço do caso. Segundo a instituição, a estimativa para que o resultado da principal perícia – que vai esclarecer o que provocou a liquefação dos rejeitos – deve ficar pronta até junho deste ano. Só depois disso vai ser possível apontar se houve crime de homicídio doloso ou culpado.


“Nós finalizamos uma parte das investigações no final do mês de setembro do ano passado quando nós indiciamos sete funcionários da vale e seis da Tüv Sud e as duas empresas, Vale e Tüv Sud, pelo uso de documentos falsos e falsidade ideológica. Continuamos as investigações em relação aos crimes ambientais e aos crimes contra a vida ainda faltavam diversos laudos para a gente ter condições de concluir as investigações responsabilizando penalmente e individualizando as condutas e eventuais autores desses crimes. Falta o laudo mais importante. Hoje, a nossa principal ocupação é identificar a causa da liquefação porque foi ela quem provocou o rompimento da barragem. Agora, o que provocou a liquefação desses rejeitos é o que a gente está buscando”, explicou o delegado Luiz Augusto Nogueira, responsável pelas investigações.


Segundo ele, por ser extremamente complexa, a perícia é realizada em parceria com universidades de Barcelona e de Porto. durante a Investigação já foram ouvidas mais de 80 pessoas, 50 diligências realizadas, 40 perícias realizadas e mais de 80 milhões de arquivos apreendidos foram analisados.


“Essa é a primeira barragem inativa a se romper em todo o mundo. A barragem estava de fato inativa, não havia lançamento de rejeitos nessa barragem. A Vale estava tomando iniciativas para o esvaziamento daqueles rejeitos. É uma área muito técnica, muito especializada e depende de vários fatores para se chegar a uma conclusão”, afirmou.

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Coluna do Rogério