O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comunicou publicamente em Brasília que o presidente Lula se demonstrou estarrecido diante da elevada contagem de mortos registrada na intensa operação policial realizada na terça-feira, dia 28, contra o Comando Vermelho na capital fluminense. Além da consternação com o número de fatalidades, o ministro informou que o chefe do executivo federal também se manifestou surpreso pela insuficiente comunicação de detalhes da operação ao círculo federal de governo. Lewandowski não poupou palavras ao descrever a ação como notavelmente cruenta e violenta, sinalizando a necessidade de reformulação nas dinâmicas de segurança.
Apesar do incidente, o ministro reforçou o entendimento de que a atribuição primária pela manutenção da ordem pública recai sobre as administrações estaduais. Ele, no entanto, apresentou a PEC da Segurança Pública como uma estratégia para inverter essa lógica, promovendo uma colaboração mais estreita entre todas as instâncias das forças de segurança visando mudar o cenário atual de confrontos. Em apoio direto ao estado do Rio, o governo federal já ofereceu espaços em presídios federais para a transferência dos detidos na operação, além da cessão de contingentes da Força Nacional e auxílio de institutos de perícia nacionais para o trabalho de identificação dos corpos.
Por fim, foi adiantado que o ministro Lewandowski planeja agendar um encontro com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para obter um panorama mais claro sobre as necessidades imediatas e de longo prazo do estado após o desfecho trágico da operação que ceifou mais de cem vidas. O episódio reacende o debate sobre os procedimentos operacionais e a coordenação federativa em momentos de crise de segurança.
