O governador Romeu Zema tem sido alvo de críticas devido ao atraso na apresentação do projeto de lei com o reajuste do piso salarial da educação básica. Embora a previsão inicial fosse de que a proposta, que prevê uma recomposição de 12,84%, fosse protocolada nesta terça-feira (30) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), fontes do governo informaram que os últimos detalhes burocráticos estão sendo finalizados, o que pode resultar em um pequeno atraso no cronograma.
Enquanto o reajuste proposto por Zema será retroativo a janeiro, acompanhando a recomposição de 14,95% no piso nacional dos professores e profissionais da educação básica anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), em Minas Gerais, o piso salarial da educação é de R$ 2.350,49, proporcional a uma jornada de 24 horas. Caso o reajuste seja aprovado pelos deputados, o piso salarial da categoria no estado subiria para R$ 2.652,29.
Entretanto, as críticas direcionadas a Zema não se limitam apenas ao atraso na apresentação do projeto de reajuste dos professores. A falta de informações sobre quando o governo irá apresentar a recomposição inflacionária para os demais servidores do Executivo estadual e a ausência de definição sobre o percentual do reajuste também têm gerado insatisfação.
Além disso, a pauta da ALMG está trancada devido a dois vetos do governador Zema a mudanças feitas pela oposição no orçamento anual do governo. Os deputados estaduais de PT, PV, PCdoB, PSOL e Rede têm obstruído a votação como forma de pressionar o Palácio Tiradentes a apresentar projetos de interesse dos servidores, incluindo o reajuste salarial dos professores e a recomposição geral dos funcionários públicos.
Para que o projeto do piso dos professores seja votado, é necessário que os vetos sejam analisados, além de passar pelas comissões temáticas e ser aprovado em dois turnos no plenário.