Sindicato prevê 50 mil desempregados em Minas na área de hotéis, bares e restaurantes

Sindicato prevê 50 mil desempregados em Minas na área de hotéis, bares e restaurantes

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH (SINDHORB), Paulo César Pedrosa, estima que a crise no setor dure até o fim de abril e que mais de 50 mil pessoas podem ficar desempregadas em Minas, por isso pede ajuda dos governos federal, municipal e estadual.


Na última semana, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), determinou o fechamento de bares, restaurantes, shoppings e vários outros serviços na capital mineira para evitar aglomeração de pessoas e tentar conter o avanço do coronavírus.


“O governo Federal não sinalizou nada, com isenção de impostos, para ajuda a pagar salário, nada. O governo Estadual também está empurrando com a barriga, assim como o governo Municipal, tudo”.


Para Pedrosa, o primeiro semestre acabou para o setor e a recuperação será lenta. “A população vai voltar a trabalhar com medo, então nós temos que nos respaldar nas ações do governo”.


Em relação ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, de que os mais jovens devem voltar ao trabalho, Pedrosa é enfático. 


“É claro que nós defendemos a reabertura (comércio), mas o problema é a saúde pública, os funcionários que podem estar acometidos de alguma doença. Será que eles vão querer voltar ao trabalho?  A situação é gravíssima. Será que o único país do mundo que a pandemia não vai chegar é no Brasil? Mas já chegou. Estão todos os países do mundo errados? O problema é isso, nós seremos vítimas também. Então eu acho que tem que haver um pouco de sacrifício de todos”.


Somente nos últimos 15 dias e até o início de abril serão aproximadamente 10 mil pessoas desempregadas no setor de hotelaria e gastronomia, de acordo com Pedrosa. Algumas medidas já são tomadas pelo setor.


“Nós, de Belo Horizonte e toda a Região Metropolitana, por meio do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Bares, Restaurantes, Turismo e Hospitalidade (FETHEMG) já fizemos um acordo emergencial com redução de 50% do salário à disposição de todos os sindicatos. São 10 mil pessoas desempregadas. No estado terão 40, 50 mil pessoas desempregadas nos próximos 15 dias", finaliza.

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