‘Números assustadores’. Assim classificou o provedor do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), padre Moacir Ramos Nogueira, ao falar sobre a grave crise financeira vivida pela instituição, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (19/02).
O Hospital tem um custo de R$ 1,8 milhão por mês e os recursos não têm sido suficientes para cobrir todas as despesas. Para se ter uma ideia, nos últimos meses, as receitas mensais não têm atingido R$ 500 mil, o que deixa a Mesa Diretora do hospital cada dia mais preocupada.
Segundo padre Moacir, o governo de Minas Gerais deve ao hospital mais de R$ 4 milhões. Entre os recursos em atraso, quatro parcelas de R$ 500 mil. O montante faz parte do valor R$ 6,5 milhões autorizado, em caráter excepcional, no ano de 2017, pelo governo estadual, para que fosse repassado em treze parcelas mensais de até R$ 500 mil no período compreendido entre dezembro de 2017 a dezembro de 2018.
Os médicos estão sem receber desde dezembro e os funcionários ainda não receberam o salário do mês de fevereiro e foi pago apenas um quarto do décimo terceiro a eles. E, hoje, o estoque de medicamentos do hospital deve durar no máximo mais duas semanas. Em 14 de dezembro do ano passado, a crise financeira fez com que o hospital tomasse a difícil decisão de reduzir suas atividades por tempo indeterminado, atendendo somente casos de urgência e emergência.
Além disso, o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com os 13 municípios da Microrregião de Saúde de Caratinga, que foi proposto pelo Ministério Público (MP), para ajudar a manter o funcionamento do hospital não foi renovado.
O hospital atende praticamente 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em 2018 realizou quase 5 mil atendimentos. Padre Moacir ressaltou que se não houver uma ação rápida, o hospital corre o risco de paralisar as atividades em sua totalidade e fechar as portas.
As informações são do Super Canal
