Depois de abandonar os planos de reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga ações e omissões do governo federal na condução da pandemia de Covid-19 aprovou, nesta terça-feira (5), requerimento com uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo chefe da pasta.
Queiroga terá, agora, 48 horas para detalhar à comissão o estoque e o planejamento de vacinas até o final deste ano, incluindo a aplicação da terceira dose e a vacinação em adolescentes, além de falar sobre o Plano Nacional de Imunizações para 2022 e o programa de acompanhamento epidemiológico do Ministério da Saúde.
Os senadores também querem saber as ações do Ministério da Saúde para tirar dúvidas da população sobre a campanha de imunização, e respostas sobre a possibilidade de encerrar o uso da CoronaVac no Brasil a partir do ano que vem.
Isso porque o contrato com o Instituto Butantan para a entrega de 100 milhões de doses do imunizante foi encerrado em setembro e Queiroga já afirmou que um novo acordo depende da emissão do registro definitivo da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, a vacina é usada apenas de forma emergencial.
Outras informações pedidas pelos senadores são os nomes dos integrantes da equipe técnica que acompanhou e formulou políticas públicas de combate à pandemia e a atual composição da Câmara Técnica de Imunizações da pasta.
As perguntas enviadas a Queiroga foram uma alternativa encontrada pela CPI para não chamar o ministro para um terceiro interrogatório. O plano de uma nova convocação foi abortado após senadores considerarem que a comissão já tem elementos suficientes para a conclusão do relatório final.
Apesar de entender que Queiroga não tem mais nada a acrescentar no documento, a CPI não quer dispensar as respostas sobre as ações futuras do Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia.