Professora é afastada de creche municipal em Vespasiano após suspeita de agressão a aluno autista

Professora é afastada de creche municipal em Vespasiano após suspeita de agressão a aluno autista

Uma professora de uma creche municipal em Vespasiano, cidade do interior de Minas Gerais, foi afastada pela Secretaria de Educação após suspeitas de que teria impedido a respiração de um aluno autista de 5 anos. Segundo relatos, a professora teria fechado a boca e o nariz do menino simultaneamente.


Em nota enviada ao g1, a Secretaria Municipal de Educação de Vespasiano informou que a profissional foi afastada e que um processo administrativo foi aberto, podendo resultar na demissão da servidora.


A suspeita de violência surgiu quando o menino estava brincando com seu pai na última terça-feira (23) e disse: "Não pega o meu nariz, não, porque vou ficar sem ar e morrer". Preocupada com a declaração, a mãe do menino decidiu investigar o que poderia ter acontecido. O garoto relatou que a "tia da escola" teria dito que ele "estava gritando como um papagaio" e, em seguida, teria tampado sua boca e nariz.


O pai da criança foi até a creche municipal na quarta-feira (24) para entender o ocorrido. Segundo a mãe do menino, a professora teria admitido que prendeu a respiração dele cerca de um mês antes, quando ele estava em crise e expressava o desejo de morrer. A intenção seria mostrar a sensação de "morte". Após o ato, a professora teria dado um beijo no rosto do aluno.


A diretoria da escola se recusou a comentar o assunto ao g1.


A mãe da criança expressou preocupação com as consequências emocionais e físicas desse incidente. Ela afirmou que seu filho não para de falar sobre morte e acredita que essas ideias foram implantadas em sua mente.


No dia seguinte, os pais foram até a Secretaria Municipal de Educação para denunciar o ocorrido e solicitar a transferência do menino para outra escola. Em nota ao g1, a Secretaria demonstrou solidariedade ao aluno possivelmente agredido e informou que a professora foi afastada de suas atividades com os alunos, podendo enfrentar demissão após o processo administrativo.


A Secretaria também ressaltou que esse é um caso isolado e que a criança terá a possibilidade de mudar de escola. Além disso, se os pais entenderem como necessário, será oferecido acompanhamento psicológico para o aluno.


Espera-se que essa situação seja devidamente investigada, garantindo a segurança e o bem-estar das crianças nas instituições de ensino. A conscientização e ações preventivas são essenciais para assegurar um ambiente saudável e acolhedor para todos os estudantes, independentemente de suas condições ou necessidades especiais.

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