Primeiro bebê de 2018 nasce em Fiji; Unicef estima 386 mil nascimentos

Primeiro bebê de 2018 nasce em Fiji; Unicef estima 386 mil nascimentos
A menina Vilisi Ciri Sovocala foi a primeira a nascer em 2018 - Divulgação/Unicef

O primeiro bebê de 2018 nasceu em Suva, capital de Fiji, no Pacífico. A recém-nascida é uma menina chamada Vilisi Ciri Sovocala, que nasceu às 1h44 do primeiro dia de 2018 pesando 3,3 quilos.


Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), quase 386 mil bebês devem nascer em todo o mundo no primeiro dia de 2018.


Mais da metade desses nascimentos deve ocorrer em nove países: Índia, China, Nigéria, Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, República Democrática do Congo, Etiópia e Bangladesh.


Só a Índia, país com o maior número de nascimentos, deve registrar 69.070 nascimentos, enquanto China fica com o segundo lugar, com 44.760 novos recém-nascidos. A estimativa de nascimentos da agência para o Brasil é de 7.929 partos.


2,6 mil crianças morrem nas primeiras 24 horas


O Unicef alerta, porém, para o fato de que muitos bebês não irão sobreviver ao seu primeiro dia de vida. Segundo a agência, em 2016, cerca de 2,6 mil crianças morreram nas primeiras 24 horas após o nascimento, em todos os dias do ano.


Para quase 2 milhões de recém-nascidos, sua primeira semana também foi sua última. Ao todo, 2,6 milhões de crianças morreram antes do final do primeiro mês. Segundo o Unicef, mais de 80% das mortes são de causas que podem ser evitadas e tratadas, como parto prematuro, complicações durante o parto e infecções como septicemia e pneumonia.


Segundo a agência, o Brasil é um dos países com maior destaque na redução da mortalidade infantil, tendo reduzido a taxa de mortalidade de crianças menores de 1 anos em mais de 25% entre 2005 e 2015.


Mesmo assim, em 2015, mais de 37,5 mil crianças morreram antes de completar um ano, por falta de acesso ou baixa qualidade do pré-natal, falta de assistência no parto e de cuidados com o recém-nascido. As crianças indígenas foram as mais atingidas: segundo a agência, elas têm o dobro de chance de morrer antes de completar um ano do que as outras crianças brasileiras.


Campanha quer reduzir mortes


Para ajudar a combater a mortalidade infantil, o Unicef lança no próximo mês a campanha Every Child Alive (Toda criança viva, em tradução livre). A campanha visa alertar para a necessidade de cuidados para as mães e os recém-nascidos, como fornecimento de água potável e eletricidade nas instalações de saúde, a presença de um atendente de saúde durante o parto, a desinfecção do cordão umbilical, amamentação na primeira hora após o nascimento e contato corporal entre a mãe e a criança.


"Pedimos aos governos e parceiros que se juntem à luta para salvar a vida de milhões de crianças, fornecendo soluções comprovadas e de baixo custo. É preciso priorizar a formação continuada dos profissionais, sobretudo das áreas de saúde, educação e assistência social", afirma Jane Santos, especialista em Saúde e HIV do UNICEF no Brasil.


De acordo com as estatísticas de expectativa de vida, estamos entrando na era em que todos os recém-nascidos do mundo deveriam ter a oportunidade de ver o século 22. Entretanto, quase metade das crianças que nascerem neste ano, provavelmente, não sobreviverá. A expectativa de vida de uma criança nascida na Suécia em janeiro de 2018 atingirá 2101, enquanto, uma criança da Somália provavelmente não viverá além de 2075.

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