Novo ataque a tiros nos EUA deixa mortos em centro médico de Tulsa

Novo ataque a tiros nos EUA deixa mortos em centro médico de Tulsa

Os Estados Unidos registraram no final da tarde desta quarta (1º) um novo ataque a tiros, desta vez em Tulsa, no Estado de Oklahoma. O ataque aconteceu em um centro médico chamado St Francis Hospital. 


De acordo com um perfil do Departamento Policial de Tulsa, foram registrados, ao menos, cinco óbitos, incluindo o atirador. Há feridos, mas o número ainda não foi informado. A polícia local pediu aos moradores que evitem a área onde aconteceu o ataque. 


O atirador portava um rifle e uma pistola e também morreu no local. Porta-voz das forças de segurança da cidade, o capitão Richard Meulenberg afirmou que não se sabe se o suspeito se matou após a ação ou se foi atingido pela polícia.


"É uma cena catastrófica", disse Meulenberg, segundo o jornal americano The New York Times. O ataque aconteceu no hospital St. Francis. A polícia informou em comunicado que agentes estão vasculhando cada sala do prédio para analisar o risco de novas ameaças.


Após o ataque, o hospital bloqueou a área e dezenas de carros da polícia podiam ser vistos do lado de fora do complexo hospitalar As autoridades fecharam o tráfego para realizar a investigação

Imagens de televisão também flagraram socorristas empurrando uma maca ocupada para fora do prédio onde o ataque aconteceu. Um centro de reunificação para que as famílias encontrem os parantes foi montado em uma escola próxima.


A Casa Branca informou que o presidente americano, Joe Biden, foi informado sobre o tiroteio e está monitorando de perto a situação. Ele entrou em contato com autoridades locais para oferecer apoio.


Debate intenso sobre venda de armas


Os Estados Unidos registraram mais de 200 ataques a tiros desde o início deste ano. O mais marcante deles aconteceu na semana passada, quando um jovem de 18 anos entrou em uma escola em Uvalde, no Texas, e matou 19 crianças e duas professoras. Ele portava um fuzil AR 15 e atirou na avó antes de seguir para a escola. 


Dias antes, um jovem matou dez pessoas dentro de um supermercado na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York. Ele foi preso e se declarou como racista e fascista. 


O ataque em Tulsa é mais um episódio que movimenta o intenso debate nos EUA sobre a venda de armas. Metade dos Estados possui uma legislação pouco restritiva para esse comércio. 


No fim de semana, o presidente Joe Biden viajou a Uvalde, na terceira viagem que fez no cargo a um local de ataque a tiros em massa - no início do mês, ele esteve em Buffalo. Biden e a primeira-dama, Jill, visitaram um memorial para as vítimas e deixaram rosas brancas na placa da escola Robb.


O casal também assistiu a uma missa e se encontrou com parentes das vítimas, além de sobreviventes e socorristas. Ao sair da igreja, uma multidão do lado de fora gritou "faça alguma coisa". "Nós vamos", respondeu o democrata.


"Estou cansado disso", disse. "Por que? Por que estamos dispostos a viver com essa carnificina? Por que continuamos deixando isso acontecer? Quando, em nome de Deus, vamos nos levantar e enfrentar o lobby das armas?", afirmou Biden em um discurso. 


O debate sobre o acesso a armas voltou a poucos meses das eleições legislativas, em novembro, com ativistas defendendo leis que ampliem os controles para compradores de armamentos.


Políticos republicanos, como o senador pelo Texas Ted Cruz e o ex-presidente Donald Trump, porém, rejeitam os pedidos de novas medidas e, em vez disso, sugerem investir em saúde mental ou reforço da segurança escolar. ​

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