Na mais recente pesquisa realizada pelo DATATEMPO, houve uma mudança significativa no cenário político em Belo Horizonte. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que anteriormente era considerado o maior cabo eleitoral na eleição municipal, perdeu relevância para influenciar os eleitores na capital mineira.
Segundo os dados da pesquisa, apenas 14,9% dos entrevistados apontaram Romeu Zema como o político mais capaz de influenciar o voto para prefeito. Esse resultado representa uma queda na influência política do governador, que antes ocupava uma posição de destaque nesse aspecto.
Zema fica atrás não só de Bolsonaro e Lula, mas também do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que se mantém afastado de atividades políticas. Kalil é apontado por 18,2% dos entrevistados como o cabo eleitoral com maior capacidade de influenciar a escolha de um candidato, o que reforça a mudança no panorama político da cidade.
Por outro lado, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o atual chefe do Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), emergiram como os principais padrinhos políticos com maior potencial de influenciar os votos do eleitorado de Belo Horizonte na disputa pela prefeitura deste ano. Se a eleição fosse hoje, 26,9% da população apta a votar estaria disposta a escolher o candidato a prefeito indicado por Bolsonaro, enquanto 24,8% deles seriam influenciados pela indicação do petista.
Essa mudança de cenário pode ser interpretada como um reflexo da polarização ideológica e do posicionamento dos eleitores frente aos discursos e valores representados por Bolsonaro e Lula, especialmente após a campanha presidencial de 2022.
Diante desse contexto, o deputado estadual Bruno Engler (PL) demonstra interesse em ter o apoio de Bolsonaro em seu palanque durante a campanha para prefeito, enquanto o ex-presidente Lula ainda mantém distância das movimentações eleitorais em Belo Horizonte.
No entanto, é importante ressaltar que o governador Romeu Zema e seu partido, o Novo, mantêm planos para indicar a pré-candidata Luiza Barreto (Novo) para compor a chapa como vice de Bruno Engler. Esse posicionamento, no entanto, deverá ser reavaliado pelo candidato bolsonarista após os dados dessa pesquisa, que mostram uma mudança significativa no cenário político da capital mineira. Essa nova dinâmica política certamente terá impacto nas estratégias e alianças dos candidatos durante a campanha eleitoral, reconfigurando o jogo político na cidade.
