Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestar sua intenção de visitar Minas Gerais na próxima semana para participar de eventos relacionados ao lançamento de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma reviravolta ocorreu com o anúncio da viagem do governador Romeu Zema (Novo) para a Áustria e Itália entre os dias 5 e 15 de setembro. Essa coincidência de agendas deve inviabilizar um possível encontro entre os dois líderes políticos.

Na terça-feira, durante sua live semanal, o presidente Lula afirmou seu desejo de realizar eventos tanto em São Paulo quanto em Minas, mesmo que os governadores não quisessem participar. Ele mencionou sua intenção de discutir os investimentos do Estado de São Paulo e destacou a importância da colaboração dos governos estaduais nesse processo.

Contudo, o governo de Minas Gerais esclareceu que não recebeu nenhuma comunicação oficial por parte do governo federal sobre a possível visita de Lula ao Estado na próxima semana. Em virtude disso, o governador Romeu Zema já tinha agendado uma viagem para a Europa, onde cumprirá agendas de trabalho na Itália e Áustria, com duração de 5 a 15 de setembro.

Durante sua estadia na Europa, Zema tem como objetivo atrair investimentos para Minas Gerais e fortalecer as relações bilaterais. Ele realizará diversas atividades, incluindo a vistoria das obras da Superstrada Pedemontana Veneta, executada pela empresa italiana INC S.P.A., que também está envolvida na elaboração, construção, operação e manutenção do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Além disso, o governador participará do Lide Brazil Conference, em Milão, juntamente com empresários, investidores e outras autoridades. Ele aproveitará a oportunidade para se reunir com empresas italianas presentes em Minas Gerais, com o objetivo de atrair e expandir investimentos no estado.

Interlocutores ligados ao governador negam que Zema tenha programado sua viagem para evitar um encontro com Lula e destacam que a viagem internacional já estava previamente agendada. De acordo com eles, a preocupação era que a ausência do governador fosse explorada politicamente, levando ao convite público feito por Zema há algumas semanas para que o presidente Lula estivesse presente em Minas Gerais.