**Tensão Diplomática entre Argentina e Espanha: Acrimônias e Trocas de Acusações**

O clima entre Madri e Buenos Aires se aqueceu após o ministro espanhol dos Transportes, Óscar Puente, insinuar que o presidente da Argentina, Javier Milei, teria feito uso de drogas durante a campanha eleitoral de 2023. As declarações de Puente, feitas durante um painel de discussão em Salamanca, geraram uma resposta imediata do gabinete de Milei, que condenou veementemente os comentários e lançou críticas ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

O comunicado emitido pelo gabinete de Milei acusou Sánchez de negligenciar a segurança das mulheres espanholas ao permitir a imigração ilegal, comprometer a integridade da Espanha ao fazer acordos com separatistas e responsabilizou suas políticas por causarem "morte e pobreza". Essas afirmações provocaram uma resposta do Ministério de Relações Exteriores da Espanha, que destacou que os termos utilizados no comunicado argentino não correspondem às relações entre os dois países, considerados irmãos.

Desde a eleição de Milei, um populista de direita que assumiu o poder em dezembro, as relações entre Argentina e Espanha, governada por uma coalizão de esquerda liderada pelo Partido Socialista de Sánchez, têm esfriado significativamente. Milei recebeu apoio público do partido espanhol anti-imigração de extrema-direita Vox, o que intensificou as tensões entre os dois governos.

Esse episódio recente evidencia um cenário de atrito diplomático entre Argentina e Espanha, com trocas de acusações e críticas mútuas que desafiam a tradicional relação entre os dois países.