Um novo capítulo se desdobra no caso do assassinato do sargento Roger Dias da Cunha, ocorrido no início de janeiro de 2024 em Belo Horizonte. A defesa de Welbert de Souza Fagundes, réu pelo crime, tomou uma iniciativa surpreendente que pode ter repercussões significativas no desenrolar do processo.
Na quinta-feira (9), a defesa de Welbert, representada pelo advogado Bruno Torres, apresentou um pedido para que a sanidade mental do acusado seja avaliada. A alegação é impactante: segundo a petição, informações obtidas junto à administração prisional indicam que Welbert apresenta um quadro paranoico e vinha recebendo tratamento no CERSAM Barreiro, além de consumir medicação forte para saúde mental.
A descoberta dessas informações pela polícia penal e um inquérito interno da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) atestaram a possibilidade de uma deficiência mental em Welbert. Diante desses elementos, a defesa solicita a instauração de um incidente de insanidade mental e a suspensão da primeira audiência de julgamento, marcada para o dia 17 de maio.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) manifestou-se favoravelmente ao pedido da defesa. O promotor de Justiça Francisco de Assis Santiago afirmou que, diante dos indícios de que o réu talvez sofra de alguma enfermidade que afete seu discernimento, é favorável à instauração do incidente mental.
Essa reviravolta no caso pode trazer novas complexidades e adiar o desfecho do processo. Enquanto isso, a família do sargento Roger Dias da Cunha e a sociedade aguardam ansiosamente por justiça. A análise da sanidade mental de Welbert de Souza Fagundes poderá determinar os rumos desse caso que tem gerado grande comoção na cidade de Belo Horizonte.