A tragédia que abalou a Rússia e o mundo nos últimos dias veio acompanhada de questionamentos e suspeitas. O Comitê de Investigação da Rússia confirmou nesse domingo (27.ago.2023) a morte de Yevgeny Prigozhin, líder do infame Grupo Wagner, na queda de uma aeronave Embraer na região de Tver, ao norte de Moscou, na última 4ª feira (23.ago). Essa confirmação surgiu após análises genéticas minuciosas dos corpos recuperados do local do acidente.
Porém, o contexto em torno de Yevgeny Prigozhin vai além do acidente. Apenas dois meses antes do incidente, ele liderou um motim ousado contra os chefes do Exército russo. Um ato que demonstra coragem, mas também levanta questões sobre suas conexões e influências.
A Rússia nega qualquer envolvimento na queda da aeronave, mas as teorias e especulações não cessam. As circunstâncias envolvendo a morte de Prigozhin e a queda do avião são acompanhadas por sombras de dúvida. Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, lamentou as especulações, acusando o Ocidente de propagar rumores. Entretanto, os rumores são apenas um sintoma das perguntas não respondidas que rodeiam esse evento trágico.
A aeronave que partiu de Moscou com 3 tripulantes e 7 passageiros tinha como destino São Petersburgo quando ocorreu a queda. As informações iniciais e fragmentadas fomentam a curiosidade e a busca por respostas plausíveis. O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu Prigozhin como um "empresário talentoso" que cometeu erros graves, anunciando que o governo investigará as possíveis causas da queda.
A vida de Prigozhin é marcada por uma trajetória intrigante. Nascido em 1961, teve um início modesto, vendendo cachorro-quente em um mercado. O empresário habilidoso, no entanto, subiu na hierarquia do sucesso, estabelecendo laços com personalidades importantes, inclusive com Vladimir Putin. As acusações internacionais contra Prigozhin, como interferência nas eleições norte-americanas de 2018, revelam uma figura complexa, cuja influência e envolvimento em assuntos globais são inegáveis.
