EUA aprovam pacotes militares bilionários para Ucrânia e Israel

EUA aprovam pacotes militares bilionários para Ucrânia e Israel

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovaram neste sábado (20) dois importantes pacotes de ajuda militar - um no valor de US$ 61 bilhões para a Ucrânia enfrentar a invasão russa (equivalente a cerca de R$ 360 bilhões) e outro para apoiar Israel na guerra contra o Hamas. Este último não teve seu valor divulgado. 


Aprovado com o apoio de republicanos e democratas, o primeiro projeto, de apoio à Ucrânia, é resultado de meses de negociações acirradas, da pressão dos aliados dos Estados Unidos e de repetidos pedidos de ajuda feitos pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.


O líder ucraniano disse que a aprovação do pacote salvará milhares de vidas. Em mensagem publicada em suas redes sociais, agradeceu a votação e disse esperar que o Senado aprove o texto, para que o presidente Joe Biden possa promulgá-lo.


O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, elogiou no X a aprovação do pacote. "Celebro que a Câmara dos Representantes tenha aprovado um novo e importante pacote de ajuda para a Ucrânia. Isso nos deixa mais seguros na Europa e na América do Norte."


"Esse aumento importante da ajuda vai complementar as dezenas de bilhões de dólares de auxílio que os aliados europeus proporcionam à Ucrânia", acrescentou o secretário.


Stoltenberg referia-se ao acordo fechado ontem pelos ministros da Defesa da aliança do Atlântico para fornecer mais apoio militar à Ucrânia, inclusive para a sua defesa aérea.


Os Estados Unidos têm sido o principal apoiador militar da Ucrânia, mas o Congresso está há quase um ano e meio sem aprovar um financiamento em larga escala para o país aliado.


A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também saudaram a aprovação da ajuda.


"A Ucrânia merece todo o apoio possível contra a Rússia. Pedimos agora ao Senado americano que o vote o quanto antes, pois há vidas em jogo. Os aliados transatlânticos estão unidos em apoio à liberdade e à democracia", publicou Ursula no X.


A votação envia “uma mensagem clara ao Kremlin: aqueles que acreditam na liberdade e na Carta da ONU seguirão apoiando a Ucrânia e o seu povo”, publicou Charles Michel.


A ajuda "vai enriquecer ainda mais os Estados Unidos e arruinar ainda mais a Ucrânia, onde ainda mais ucranianos vão morrer por causa do regime de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência oficial Tass.


Israel


A notícia do apoio à Israel foi bem menos celebrada, e pouco repercutida pela imprensa internacional. Na Agência France-Presse houve o registro, mencionando "uma nova ajuda militar bilionária para Israel", que está em guerra com o Hamas, apesar da preocupação da comunidade internacional com os civis na Faixa de Gaza.


A verba será usada principalmente para reforçar o escudo antimísseis israelense, chamado Domo de Ferro. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado, onde uma primeira votação pode acontecer na próxima terça-feira (23). (AFP)

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