Em uma reviravolta surpreendente, o representante e administrador do X no Brasil, o advogado Diego de Lima Gualda, renunciou ao cargo em uma carta protocolada no último dia 8 de abril. Gualda ocupava a posição desde agosto de 2023 e já integrava os quadros da empresa.
A decisão de Gualda foi seguida pela interrupção de sua atividade no LinkedIn, o que levanta questões sobre os motivos por trás de sua saída abrupta.
A renúncia de Gualda ocorre em um momento de turbulência para a empresa, anteriormente conhecida como Twitter. O proprietário, Elon Musk, envolveu-se em uma disputa pública com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, ameaçando não acatar ordens judiciais para fechar contas consideradas antidemocráticas.
Enquanto Gualda solicitava sua saída do cargo, o ministro Alexandre de Moraes negava um pedido da empresa para responsabilizar apenas o X internacional, argumentando que a empresa não tinha controle sobre as decisões judiciais. Moraes chegou a afirmar que o pedido do X brasileiro "beira a litigância de má-fé".
As tensões atingiram um novo patamar quando, no sábado passado, Musk usou a plataforma para ameaçar desconsiderar decisões judiciais brasileiras e atacar diretamente Moraes, chamando-o de "ditador brutal".
A saída de Gualda marca mais um capítulo na saga legal envolvendo o X no Brasil, alimentando especulações sobre os rumos da empresa no país e seu relacionamento com as autoridades judiciais.