Administração de Ipatinga fecha oito leitos de UTI em meio a polêmicas e alegações de fake news

Administração de Ipatinga fecha oito leitos de UTI em meio a polêmicas e alegações de fake news

A Administração de Ipatinga tomou uma decisão controversa que está gerando preocupação e acusações de desinformação. Nesta quarta-feira (20), o governo municipal anunciou o fechamento temporário de oito leitos da UTI 3 do Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM), alegando a necessidade de otimizar recursos.


A justificativa apresentada pelo governo é que o custo dos leitos de UTI não é coberto integralmente pelo Governo Federal, colocando a maior parte das despesas nas mãos do município. Isso, segundo eles, se tornou insustentável devido à redução nos repasses de verbas pela União a todos os municípios, levando à decisão de cortar custos na área da saúde.


Essa medida tem gerado apreensão e desconfiança, uma vez que o Hospital Municipal de Ipatinga é uma referência técnica para diversos municípios da região. Municípios como Santana do Paraíso, Belo Oriente, Ipaba, São João do Oriente, Bugre, Mesquita, Joanésia, Braúnas e outros dependem da estrutura hospitalar de Ipatinga, e o fechamento de leitos de UTI pode ter impactos significativos em toda a rede de saúde.


É importante destacar que a UTI 3 do HMEM já operava com uma taxa de ocupação superior a 75% de sua capacidade, o que por si só era motivo de preocupação. O fechamento temporário desses oito leitos intensifica ainda mais as preocupações sobre a capacidade de atendimento na região, especialmente em um momento de incertezas em relação à saúde pública.


O governo municipal ressalta que, apesar do fechamento dos oito leitos da UTI 3, ainda estão em operação outros 20 leitos, o dobro do número disponível antes da pandemia em 2020, quando apenas 10 leitos de terapia intensiva estavam em funcionamento no HMEM. No entanto, permanecem dúvidas quanto à capacidade de absorver a crescente demanda com essa redução.


Os investimentos anunciados para a expansão do hospital, incluindo a implementação de novos leitos e um Centro de Terapia Intensiva no bloco B, embora promissores, não conseguem dissipar completamente as preocupações da comunidade diante dessa decisão.


Além disso, a situação ganhou contornos políticos quando o ex-prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, usou as redes sociais para contestar as alegações da administração atual de que herdou apenas 10 leitos de UTI. Nardyello acusou o prefeito atual de disseminar notícias falsas, afirmando que sua gestão havia ampliado a capacidade de leitos de UTI no HMEM e que o número não era tão reduzido como estava sendo divulgado.


Em resumo, a decisão de fechar temporariamente leitos de UTI em um momento crítico está gerando críticas e desconfiança, enquanto alimenta uma controvérsia política sobre a real situação dos leitos de UTI no município.

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