Militância do PT não descarta apoiar Anastasia no segundo turno

Militância do PT não descarta apoiar Anastasia no segundo turno

Apoio do PSDB a Haddad no plano federal pode favorecer uma parceria PT-PSDB em Minas


Embora o PT não tenha se posicionado oficialmente sobre o segundo turno da disputa ao governo de Minas, um apoio a Antonio Anastasia, do PSDB, tradicional adversário dos petistas, não pode ser descartado. Enquanto a direção da sigla petista discute sobre que rumo tomar na segunda parte das eleições, parte da militância acena favoravelmente ao tucano.


O dilema de quem apoiar começou depois da derrota nas urnas do petista Fernando Pimentel, que tentava a reeleição ao governo mineiro e terminou o primeiro turno em terceiro lugar com 23% dos votos válidos. O empresário Romeu Zema, do Novo, surpreendeu e chegou em primeiro lugar com 42%, seguido por Anastasia, que liderava a corrida desde o início e acabou com 29% do votos.


Oficialmente, a presidente do PT estadual, Cida de Jesus, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o partido ainda está discutindo o que fará no segundo turno das eleições. No cenário nacional, a sigla avançou para o segundo turno com Fernando Haddad, que disputa à Presidência da República com Jair Bolsonaro, do PSL, e precisará de palanque para o candidato em Minas.


Independentemente de uma decisão conjunta do partido, o deputado federal Patrus Ananias, reeleito para mais quatro anos de mandato, considera difícil apoiar uma das candidaturas neste momento. “Eu, pessoalmente, acho muito difícil porque é uma questão histórica, não é por causa de pessoas, mas de projetos”, afirmou.


O deputado Paulo Guedes (PT), eleito a deputado federal, é favorável ao diálogo com Anastasia, mas disse que a decisão de apoiar será definida pelo partido. “Não podemos entrar nesse autoritarismo de cima para baixo”, observou.


Apesar da eterna rivalidade entre petistas e tucanos, dois fatores podem favorecer, neste momento, um possível apoio ao candidato do PSDB no segundo turno.


Um deles tem a ver com as propostas defendidas por Zema, de “enxugar a máquina” e demitir cargos comissionados. Outro fator seria uma aliança partidária em que o PSDB sinalizaria nacionalmente em favor de Haddad, que teria palanque em Minas, e o PT apoiaria Anastasia no segundo turno do pleito estadual.



 

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