Médicos de BH divulgam carta com alerta para ‘explosão’ de internações por Covid

Médicos de BH divulgam carta com alerta para ‘explosão’ de internações por Covid

A primeira onda da Covid-19 em Belo Horizonte ainda não foi superada, mas um segundo pico da doença pode estar se aproximando. Nos últimos três dias, o número de internações de infectados graves pelo novo coronavírus aumentou em 20%.

O temor de especialistas é de que a capital volte a enfrentar um cenário crítico da doença, com explosões de mortes. Por isso, médicos intensivistas divulgaram uma carta, que está viralizando nas redes sociais, para alertar a população sobre a situação das unidades de saúde.

Chefe do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Vera Cruz e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Rogério Sad relata que, após um período de estabilização da enfermidade, a quantidade de contaminações voltou a crescer nos últimos 10 dias.

“E, nesta semana, houve aumento expressivo de internações do CTI. Lembrando que os doentes que vão para o CTI são mais graves e, por isso, têm mortalidade maior. Quanto mais contaminados, mais doentes e mais óbitos”, frisou.

O crescimento de internações, conforme o especialista, deve-se ao relaxamento irresponsável, por parte dos moradores, das medidas de segurança sanitárias capazes de conter a proliferação do vírus. Aglomeração, abandono do uso de máscara e higiene inadequada das mãos são alguns dos fatores de riscos.

“As pessoas pensam que a pandemia acabou, mas ela está ai. Apesar de que a situação estava controlada nas últimas semanas, do pontos de vista da estabilização, a primeira onda ainda não passou. Então, poderemos ter um segundo pico dentro da primeira onda”, explicou o médico.

Na carta, assinada por vários intensivistas da capital, eles relatam que a pressão vivenciada no sistema de saúde pode ser convertida em mortes. “É importante observar que no pico chegamos a ter 20 mortes por dia por COVID-19 na cidade e que nas últimas semanas tínhamos conseguido baixar esse número para cerca de 5 mortes por dia. Se falharmos e deixarmos voltar aos números que observamos no pico em julho, estaremos condenando 15 pessoas à mais a morrer por dia”, observam. ntinuamos fazendo a nossa.

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