Maior incêndio florestal do ano na Califórnia deixa quatro mortos

Maior incêndio florestal do ano na Califórnia deixa quatro mortos

O maior incêndio florestal deste ano na Califórnia já deixou quatro mortos. Autoridades indicaram nesta terça-feira, no entanto, que as condições climáticas deram uma trégua aos mais de mil bombeiros que combatem as chamas.


Duas vítimas foram encontradas ontem, disse à AFP Courtney Kreider, porta-voz do departamento do xerife do condado de Siskiyou, que não descarta um aumento do número de mortos.

O fogo começou na última sexta-feira (29), no Parque Nacional de Klamath, divisa com o estado do Oregon. Favorecido por ventos imprevisíveis e temperaturas de quase 40ºC, o incêndio McKinney explodiu, devorando mais de 22.000 hectares e se tornando o maior do ano na Califórnia.

O número de bombeiros envolvidos quase dobrou nas últimas horas, com mais de 1.300 oficiais tentando apagar as chamas e protegendo as comunidades vizinhas.

Sem registros de desaparecidos, 3 mil pessoas foram convocadas a deixar suas casas na cidade de Klamath River e arredores. Essa comunidade foi a mais impactada pelo fogo, que matou vários animais nessa área rural.

Chuva colabora

As chamas não se propagaram muito durante a noite, graças a chuvas, e os prognósticos contemplam a possibilidade de tempestades nas próximas horas, que poderiam contribuir para a extinção do fogo.

Oficiais em campo trabalhavam para impedir que as chamas atinjam a cidade vizinha de Yreka, cujos 8 mil habitantes se encontram sob ordem ou alerta de evacuação.

A Califórnia, assim como o restante do oeste americano, sofre há mais de uma década com uma seca dramática, agravada pelas mudanças climáticas provocadas pela atividade humana e a queima indiscriminada de combustíveis fósseis.

O solo ficou seco e vulnerável a incêndios florestais que ocorrem naturalmente, porém, as chamas estão mais quentes, rápidas e destrutivas. 

Outras partes do mundo também enfrentam queimadas florestais intensas neste ano. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas tornam as ondas de calor mais frequentes e intensas, um terreno fértil para as chamas. (AFP)

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