O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) anunciou a abertura de uma investigação para esclarecer os eventos que levaram à morte de Cleriston Pereira da Cunha, popularmente conhecido como "Clezão do Ramalho", aos 46 anos de idade. O trágico incidente ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 20, no interior do Complexo Penitenciário da Papuda.
Clezão do Ramalho sofreu um súbito mal-estar enquanto desfrutava de um momento de lazer sob o sol. Notavelmente, ele era irmão do vereador Cristiano do Ramalho (PSD), representante de Feira da Mata (BA), e residente no Distrito Federal por mais de duas décadas. Devido a suas condições médicas, ele fazia uso regular de medicação controlada, combatendo as adversidades da diabetes e hipertensão.
Ocorreu que, diante do infortúnio, seus colegas de reclusão tentaram prestar socorro a Cleriston antes mesmo da chegada das equipes de resgate, contudo, lamentavelmente, ele não conseguiu superar o episódio e veio a óbito.
É importante ressaltar que Cleriston estava entre os detidos pelos incidentes ocorridos no dia 8 de janeiro, atos que foram categorizados como "antidemocráticos" pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro deste mesmo ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se pronunciado favoravelmente à concessão de liberdade provisória, porém, o requerimento não foi avaliado pelo STF. A ação penal contra Cleriston era de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.
Neste contexto, na presente segunda-feira, o ministro Moraes solicitou esclarecimentos acerca do falecimento do acusado ao diretor do Complexo Penitenciário da Papuda, buscando entender as circunstâncias que levaram a essa trágica perda.