Os preços dos combustíveis e da energia elétrica foram os principais responsáveis pelo aumento da inflação em março, de acordo com dados do IPCA-15 divulgados pelo IBGE. A volta da cobrança de impostos federais para os combustíveis resultou em um aumento de 5,76% no preço da gasolina, que foi a maior influência individual na alta da inflação. Além disso, a energia elétrica subiu 2,85% devido à reinclusão das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição na base de cálculo do ICMS.
Por outro lado, alguns alimentos tiveram quedas significativas de preços em março, como a batata-inglesa (-13,14%) e o tomate (-6,34%). Outros itens como cebola, óleo de soja, contra-filé e frango em pedaços também tiveram preços menores na coleta de março. No entanto, o preço do ovo de galinha subiu 8%.
A alta dos preços de educação desacelerou em março após os reajustes do início do ano letivo em fevereiro, mas ainda está em um patamar elevado, com alta de 8,20% em relação aos últimos 12 meses.
Os preços de alimentação fora do domicílio também tiveram uma variação maior em março, com alta de 0,68%, em comparação com 0,40% em fevereiro. Tanto os preços de lanche quanto os de refeição tiveram aumentos superiores aos do mês anterior.
A inflação mede a variação dos preços, e a desaceleração da alta dos preços em março não significa necessariamente alívio para o bolso do consumidor, já que os preços permanecem em patamares elevados.
