O goleiro Bruno Fernandes, que cumpre pena de 20 anos de prisão no presídio de Varginha, no Sul de Minas, pela morte de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho deles, Bruno Samúdio de Souza, o Bruninho, vai permanecer no regime fechado, por determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Na tarde desta quarta-feira (19), a 4ª Câmara Criminal do TJMG julgou improcedente o agravo de instrumento impetrado pela defesa do atleta, no qual pedia a anulação da sentença que mandou o preso de volta ao regime fechado, depois que o preso foi flagrado por uma emissora de TV em um bar com duas mulheres e com cerveja sobre a mesa.
Em outubro do ano passado, Bruno estava no regime semiaberto e tinha permissão da Justiça para trabalhar fora do presídio, na construção da Associação de Proteção e Amparo ao Condenado (Apac) de Varginha, entre 7h e 18h. No entanto, ele foi flagrado no bar. Bruno foi punido pela falta grave e o benefício do regime semiaberto foi suspenso.
A 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha considerou que o preso cometeu falta grave e determinou que ele permanecesse no regime fechado.
Ainda de acordo com o processo, Bruno usou o celular de um encarregado da APAC para receber ligações de uma das mulheres. De acordo com a Secretaria de Administração Prisional (Seap), presos com permissão judicial para o trabalho não necessitam de escolta de agentes penitenciários.
A advogada de defesa de Bruno, Mariana Migliorini, entrou com o agravo no TJMG alegando que a regressão do regime foi ilegal. No entanto, os desembargadores entenderam que a defesa não juntou documentos que sustentassem o pedido, como cópia do procedimento administrativo disciplinar instaurado pelo sistema prisional.
O relator, desembargador Doorgal de Andrada, não quis entrar no mérito alegando falta de fundamentação. A advogada do goleiro deixou o TJMG sem falar com a imprensa.
