Funcionários dos Correios de Patos de Minas denunciam assédio moral

Funcionários dos Correios de Patos de Minas denunciam assédio moral

Funcionários dos Correios de Patos de Minas se dizem vítimas de assédio moral. A denúncia foi feita nesta manhã, durante manifestação da categoria – que ocorreu em frente à sede principal da empresa, na Rua José de Santana – em prol dos diretos dos trabalhadores da estatal. Segundo depoimento dos carteiros, falta efetivo, e muitos funcionários trabalham sem horário de almoço e mais de 12 horas por dia. “Há colegas nossos que trabalham das 07h às 22h, sem pausa para o almoço. É um absurdo”, disse um funcionário que preferiu o anonimato.


Em entrevista para a Rádio Clube, o representante do Sindicato da categoria, conhecido com “Gil Carteiro”, denunciou os supostos abusos praticados pela direção local da empresa e cobrou melhorias para a classe. “Somos vítimas de assédio moral, trabalhamos com pouco efetivo, em jornadas de trabalho abusivas e completamente injustas com o trabalhador. Esse Governo [Federal] acabou com a gente, nos destruíram. Isso tudo é uma tentativa de terceirizar os Correios e acabarem nossos empregos. Lamentável”, contou o representante.


Segundo os funcionários da empresa, a população de Patos de Minas está correta em reclamar dos serviços prestados, pois não há condições mínimas de trabalho. Eles alegaram haver mais de 150 mil cartas para serem entregues por apenas 13 funcionários. Segundo os cálculos do sindicato, a cidade necessitaria de, pelo menos, mais 10 carteiros. “Não temos concurso público desde 2011. Patos de Minas precisa de, no mínimo, 23 carteiros. Somos 13 apenas; é um absurdo. Nós entendemos as reclamações da comunidade e, assim como eles, nós sofremos também, pois somos vítimas de um regime praticamente escravagista”, comentou “Gil Carteiro”.


Através de nota em seu site oficial, os Correios avaliaram que “um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passa a empresa e afeta, inclusive, os próprios empregados”.


* Com informações do site Patos Agora

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