Estados Unidos oferecem recompensa milionária pela captura de Nicolás Maduro

Estados Unidos oferecem recompensa milionária pela captura de Nicolás Maduro

O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de US$ 15 milhões para quem ajudar a capturar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O líder chavista, juntamente com políticos e militares de alto escalão do seu governo, foi acusado pelo Procurador Geral dos EUA, William Barr, de crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção.


Além de Maduro, também foram anunciadas recompensas no valor de US$ 10 milhões para quem auxiliar na prisão de outras autoridades venezuelanas, como o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, o ministro da Indústria, Tareck El Aissami, o ex-diretor de Inteligência, Hugo Carvajal, e o general Clíver Alcalá.


Durante uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos, o procurador mostrou uma tela com a inscrição "Corrupto Regime Venezuelano" e apresentou fotos de autoridades chavistas, incluindo o ministro do Interior e Justiça, Nestor Reverol.


Com essa denúncia, a Venezuela entra para a lista americana de países que apoiam o terrorismo, juntando-se à Coreia do Norte, Irã, Sudão e Síria.



Narcotráfico como terrorismo


De acordo com Barr, nos últimos anos, a Venezuela enviou entre 200 e 250 toneladas de cocaína para os EUA. Ele afirmou que a intenção de Maduro era inundar os Estados Unidos com drogas, usando a cocaína como arma.


A droga seria enviada da Colômbia para a Venezuela e, em seguida, transportada para a América Central e, finalmente, para os EUA. Além disso, alguns carregamentos de drogas também seriam destinados a países do Caribe.


Segundo o procurador, houve uma parceria "narcoterrorista" estabelecida nas últimas décadas entre a Venezuela e membros das antigas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Através dessa cooperação, o grupo colombiano, que se tornou um partido político em 2017, mas ainda possui dissidentes envolvidos em atividades criminosas, contrabandeava carregamentos de cocaína pela fronteira com a Venezuela.


Em troca desse apoio, as FARC forneciam armas e outros suprimentos para incentivar o terrorismo no país governado por Nicolás Maduro desde 2013.


Corrupção como método


Para expandir a rede do tráfico, Barr acusou Maduro de corromper as autoridades do país. Ele afirmou: "Informamos que o governo da Venezuela está infectado pela corrupção em todas as áreas de governo". A Venezuela ocupa uma posição baixa no ranking de Índice de Percepção de Corrupção, divulgado pela ONG Transparência Internacional, ocupando o 166º lugar entre 176 países.


Segundo o procurador, as FARC contavam com a proteção da Venezuela para promover a produção de cocaína. Após chegar ao território venezuelano, a droga era enviada para os EUA em navios e aviões.

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