Com mais de um milhão de casos de doenças sexualmente transmissíveis registrado por dia em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) faz um para a falta de progresso na redução da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e recomenda o uso de camisinha para impedir essa disseminação.
De acordo com dados da organização, em 2016 houve mais de 376 milhões de novas infecções de clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. Esse número é praticamente o mesmo de 2012, o que mostra uma estagnação na redução da transmissão de DSTs. Essas infecções são as mais prevalentes entre pessoas com idades entre 15 e 49 anos.
“Além do sexo sem preservativo aumentar os riscos de Aids, aumenta também os riscos de hepatite B e C e gonorreia. Uma gonorreia mais séria, porque a bactéria é muito resistente. Muito mais difícil de tratar no mundo inteiro. Por isso, as pessoas devem ficar mais atentas às maneiras de proteção. Infelizmente, com essa falta de preocupação com a proteção durante o sexo, uma epidemia de sífilis já pode ser identificada no mundo, outra doença muito grave”, alerta o médico infectologista Carlos Starling.
Raramente essas doenças apresentam sintomas no início e, por isso, muitos dos doentes não sabem que estão infectados e precisam de tratamento, permitindo desta maneira que essas DSTs continuem se espalhando. Se não forem tratadas corretamente, as DSTs podem causar graves danos, incluindo doenças cardíacas e neurológicas, infertilidade, abortos e aumentam o risco de contrair o HIV.
“Lembrando que as maneiras de evitar essas doenças devem ser divulgadas amplamente, daí a responsabilidade do governo em promover campanhas para informar e conscientizar a população para sexo seguro. É importante destacar aqui também, que para a hepatite B temos vacina disponível pelo SUS, extremamente eficaz. Não temos vacina para hepatite C, nem sífilis e gonorreia”, detalha.