Em menos de um mês, Minas contabiliza mais de 4 mil casos prováveis de dengue

Em menos de um mês, Minas contabiliza mais de 4 mil casos prováveis de dengue
Minas já registra 4.671 casos prováveis de dengue em 2020. Quatro mortes permanecem em investigação neste ano. Em 2019 foram 173 óbitos confirmados e 98 ainda continuam em análise. Os dados foram atualizados na tarde desta terça-feira pela Secretaria Estadual de Saúde do estado (SES/MG).

Em relação à Febre Chikungunya, até o momento, foram notificados 82 casos prováveis, sendo um caso em gestante. Em 2019 foram registrados 2.793 casos prováveis da doença em 2019. Desse total, 48 foram gestantes, sendo 12 com confirmação laboratorial.


Já em relação à Zika, até o momento foram registrados 34 casos, sendo três em gestantes. Em 2019 foram registrados 702 casos prováveis, sendo 159 em gestantes.


As doenças


A dengue, zika e chikungunya são infecções causadas por vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Embora tenham sintomas parecidos, elas apresentam algumas caraterísticas que podem ajudar a diferenciá-las.


A dengue é uma doença infecciosa febril e dura em torno de dez dias. Os sintomas são febre acima de 38°C (com duração de quatro a sete dias), dor de cabeça e no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos. Pode provocar também falta de apetite e mal-estar.


Já a chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por insetos do gênero Aedes. A infecção provoca febre alta (duração de dois a três dias), dor de cabeça, dores articulares intensas e dores musculares, manchas na pele (podendo surgir entre o 2º e 5º dia), olhos vermelhos e coceira. O período médio de incubação da doença é de três a sete dias (podendo variar de um a 12 dias). Não existe tratamento específico, nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus.


A infecção pelo zika vírus provoca febre moderada (duração de um a dois dias), dor de cabeça, dores articulares e musculares, manchas na pele (surgem no 1° ou 2º dia) e olhos vermelhos. 


Transmissão


A coordenadora do programa estadual das Doenças Transmitidas pelo Aedes, da SES, Carolina Amaral, lembra que as doenças não são transmitidas de pessoa a pessoa. A contaminação se dá pela picada do mosquito do gênero Aedes infectado pelos arbovírus (dengue, zika ou chikungunya).


“Para evitar o acometimento destas arboviroses alguns cuidados são essenciais e proporcionam proteção contra a picada, como o uso individual de repelentes domésticos em aerossol, espiral ou vaporizador, roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos. Para quem dorme durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos, os mosquiteiros também podem ser utilizados para auxiliar na proteção. Em caso do surgimento de algum sintoma, a orientação é procurar ajuda médica”, ressalta.

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