O Diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal, Ricardo Faustino Batista, de 54 anos, foi encontrado morto na sede do banco, em Brasília, na noite de terça-feira (19).
A informação foi divulgada pela jornalista da TV Globo Andréia Sadi. A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) já atua no caso e deverá divulgar nota informando a causa da morte do diretor.
O caso foi registrado como suicídio, inicialmente. O corpo foi encontrado na área externa do prédio por vigilantes que estavam de plantão.
Batista trabalhava no banco desde 1989 e assumiu a diretoria de controles internos em março deste ano. Antes disso, ele foi assessor estratégico do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que pediu exoneração do cargo em 29 de junho, depois de um escândalo de assédio sexual a servidoras do banco público federal.
A Diretoria de Controles Internos e Integridade (DECOI), é responsável pelo recebimento e acompanhamento de denúncias feitas por funcionários por meio dos canais internos do banco. Pesa contra a diretoria, a acusação de omissão nos casos de assédio, denunciados à época de Pedro Guimarães no banco público.
Documentos com cópias de denúncias apresentadas por uma funcionária chegaram a ser divulgadas pela imprensa. A Caixa admitiu a existência de uma denúncia de assédio apresentada em maio por meio dos canais internos.
Há suspeita de que a denúncia, antes de ser apurada, tenha sido levada ao conhecimento da cúpula do banco, que não adotou nenhuma providência. Depois da publicação do escândalo, pela imprensa, o Ministério Público Federal passou a investigar o caso, que está sob sigilo.
