Nesta terça-feira é celebrado o Dia do Garçom. Mas, para quem trabalha no setor, há pouco o que se comemorar por causa dos impactos da pandemia de covid-19. Ainda sem data para a reabertura dos bares e restaurantes de Belo Horizonte, o auxílio emergencial, para muitos profissionais, tem sido a única renda.
De acordo com o Presidente da Associação dos Garçons e Profissionais Similares de Minas Gerais, Ramon de Araújo Gomes, a saída é mudar de profissão. Na avaliação dele, muitos garçons que fazem parte da associação, eram contratados para eventos nos finais de semana e que neste momento o jeito é conseguir outra forma para sobreviver.
"Aqueles que não tinham carteira assinada e os que tinham já como trabalho intermitente, estão se mantendo única e exclusivamente com o auxílio. Um momento desesperador porque não tem previsão de reabertura. Está bem claro, quem trabalha com bar e restaurantes tem que arrumar outro ramo de atividade", diz temendo pela não realização de eventos historicamente atrativos ao setor, como o Revéillon e o Carnaval.
Ainda de acordo com Ramon de Araújo, o número provável de demitidos no setor em Minas é de quase 40 mil. "Sem a previsão de abertura novamente, cada semana que passar vai fechar mais estabelecimento e demitir mais funcionários", alega.
Reabertura de bares e restaurantes em BH
Fechado desde 20 de março, o setor está enquadrado na segunda fase da reabertura gradual de Belo Horizonte. A primeira foi implementada na última quinta-feira (6) e prevê o funcionamento do comércio de rua, shoppings, cabeleireiros, entre outros. Conforme estabelecido pelo Executivo municipal, a depender dos números, a capital mineira poderá avançar para a segunda fase quinze dias após a implementação da primeira. Com isso, donos de bares e restaurantes convivem com a expectativa de poder reabrir as portas nos próximos dias.
