Denúncias de ambas as partes não evitam duelo entre PT e PSDB em Minas Gerais; NOVO pode surpreender

Denúncias de ambas as partes não evitam duelo entre PT e PSDB em Minas Gerais; NOVO pode surpreender

Mais conhecidos do eleitor, candidatos do PT e PSDB entrarão na disputa manchados por sucessivos escândalos de corrupção


Os partidos que governaram Minas Gerais nos últimos 15 anos, PT e PSDB, têm sido alvos de denúncias e prisões decorrentes de investigações de esquemas de corrupção. Mesmo assim, o cenário para as eleições em Minas vai se desenhando com uma nova polarização momentânea entre o governador petista Fernando Pimentel, que tentará a reeleição, e o senador tucano Antonio Anastasia, que governou o Estado entre 2010 e 2014


Confirmado como pré-candidato do PT, Pimentel foi denunciado quatro vezes por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Acrônimo da PF, que apura lavagem de dinheiro na campanha em 2014. Em outra investigação, a Procuradoria-Geral da República denunciou o governador por omissão e falsidade na prestação de contas da campanha eleitoral de 2014.  


Também investigado pela PF por “vantagens indevidas” em sua campanha ao governo de Minas em 2010, Anastasia é o principal pré-candidato da oposição e enfrenta ainda o fato de ser aliado de dois tucanos com problemas: o senador Aécio Neves e ex-governador Eduardo Azeredo.


Aécio, de quem Anastasia foi vice-governador, é réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e obstrução de Justiça, sob a acusação de ter recebido propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da JBS. Além disso, o senador mineiro é alvo de outros sete inquéritos no STF, cinco em decorrência da delação de executivos da Odebrecht e outros dois sobre o esquema de corrupção em Furnas e da acusação de “maquiar” dados da CPI dos Correios, em 2005, e esconder uma suposta relação entre o Banco Rural e o mensalão mineiro.


Especialistas afirmam que, como são conhecidos de grande parte do eleitorado, tanto Pimentel como Anastasia podem levar vantagem num primeiro momento do período eleitoral. Entretanto eles acreditam que, a partir do momento que outros nomes fiquem mais conhecidos, esses novos candidatos terão potencial para "roubar" muitos votos dos candidatos tradicionais.


TERCEIRA VIA


O partido NOVO, que vai estrear nas eleições gerais no Brasil, optou por lançar como pré-candidato ao governo de Minas o empresário Romeu Zema.


Empresário natural de Araxá, no Alto Paranaíba, Romeu Zema vai disputar pela primeira vez uma eleição. Com 53 anos e dono de uma rede de varejo com 440 lojas no interior do estado e mais 360 postos de combustíveis, ele afirma que tratará o “fim dos privilégios” como prioridade na sua gestão caso seja eleito. 

Em uma recente entrevista ao jornal Estado de Minas, ele afirmou que pretende fazer de Minas Gerais um estado competitivo. Para isso ele pretende reduzir a carga tributária e eliminar uma série de burocracias que, segundo ele, emperram o crescimento do estado. 


Romeu Zema é a aposta do partido NOVO para o governo de Minas 


Como forma de tornar o estado mais competitivo, Zema disse na entrevista que é necessário enxugar a administração com o corte de mordomias e principalmente de cargos comissionados. Ele afirma que pretende priorizar em um primeiro momento o correto pagamento dos servidores do estado no prazo certo e para isso que isso aconteça, esse corte de mordomias e cargos seria fundamental, segundo Zema.

Em frentes mais polêmicas ele não descarta a privatização de empresas como Cemig e a Copasa, desde que tenha o aval da população para faze-lo, como manda a constituição estadual. Ele acredita que cada caso deve ser cuidadosamente analisado.

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