Criança usa carta para denunciar abusos do padrasto em Grão Mogol

Criança usa carta para denunciar abusos do padrasto em Grão Mogol

Um caso de abuso sexual foi descoberto nessa segunda-feira (10) na zona rural de Grão Mogol através de uma carta escrita por uma criança de 10 anos. No texto, ela relatou à mãe que o padrasto cometia as agressões contra ela há alguns meses e pede para que a responsável fuja com ela para a cidade de Francisco Sá. “Nós nunca mais vamos ver a cara dele. Beijos, pensa nisso mamãe isso é muito importante tá?” [sic], diz a vítima.


Segundo informações do delegado responsável, Alberto Tenório, o homem foi encaminhado à delegacia junto da vítima e da mãe quando a PM recebeu a denúncia, mas não foi preso porque não havia flagrante. “No momento da denúncia, a vítima contou que o último abuso ocorreu há cerca de 30 dias. Não havia flagrante, então ele não pode ser preso. De toda forma, o protocolo já está em juízo e vamos cumprir todas as providências nos próximos dias”, explica o policial.


A menina foi encaminhada ao IML de Montes Claros para passar por exames, já que a PC não descarta que, durante o tempo morando com a mãe e a filha, o homem possa tê-la estuprado com conjunção carnal. Na carta, a vítima ainda menciona o que ela trata como a primeira das agressões cometidas pelo padrasto. “Eu fui na frente para controla o guidom da moto. Quando eu estava controlando o guidom da moto, e ele começou a colocar a mão nas minhas partes íntimas. Então depois daquele dia ele não parou 2 vezes e eu fiquei com muito medo por isso não te contei antes”, diz a vítima na carta, se justificando à mãe.


O que diz o investigado


De acordo com a Polícia Civil, o homem foi conduzido à delegacia de Grão Mogol no momento em que a companheira o denunciou, nessa segunda (10). Aos policiais civis, e durante o registro do boletim de ocorrência da PM, o homem negou as acusações e disse que a criança estava se vingando dele por conta de um desentendimento.


Segundo o delegado, ele chegou a dizer que tem a vítima como uma filha. O padrasto mantinha um relacionamento com a mãe da vítima há pelo menos três anos, em uma comunidade rural de Grão Mogol, que fica próxima à divisa com o município de Francisco Sá. A vítima não soube precisar há quanto tempo era abusada, mas a PC acredita que as agressões tiveram início nos últimos meses.


O homem não tem passagens criminais e deve responder judicialmente pelo crime de abuso sexual, quando o inquérito da polícia for finalizado. A PC não informou se filha e mãe seguem vivendo na mesma casa do suspeito do crime.

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