Covid-19: contaminações crescem na França, e Europa bate recorde de novos casos

Covid-19: contaminações crescem na França, e Europa bate recorde de novos casos

Com o mundo se aproximando de um milhão de mortes por covid-19, o número de novas infecções voltou a bater recorde na Europa, puxado principalmente pela França, que registrou nessa sexta-feira (25) 15,8 mil novos casos. Autoridades francesas alertaram para a saturação dos hospitais e pediram que a população se proteja para evitar medidas mais duras de isolamento.


O total de casos na França ultrapassou a marca de 500 mil — o terceiro país da Europa mais afetado pela doença. O número de mortos, que vinha se mantendo, em média, em torno de 50 por dia, triplicou e nessa sexta-feira chegou a 150.


Mas o problema não é só francês. A americana Maria van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pela covid-19, disse que "os números da Europa estão indo na direção errada".


"Estamos no fim de setembro e ainda nem começamos a temporada de gripe. Por isso, o que nos preocupa é a possibilidade de que essa tendência esteja indo na direção errada", afirmou a epidemiologista. "Queremos evitar novos lockdowns nacionais, como estava acontecendo no início." Segundo ela, o uso do corticoide dexametasona "está salvando vidas".


Em Paris, declarada zona de "alerta elevado", na quarta-feira (23), autoridades regionais alertaram que 20% das operações cirúrgicas teriam de ser adiadas neste fim de semana, porque os hospitais estavam "se aproximando da saturação" em razão das internações pro covid.


Holanda


O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, também alertou sobre uma segunda onda de infecções após o país registrar 2,7 mil novos casos em 24 horas. "Os números parecem terríveis. A situação é muito preocupante e nos obriga a tomar medidas extras", disse o premiê, que anunciará novas restrições na semana que vem.


Espanha


No país, que teve 735 mil casos confirmado desde o início da pandemia, o governo central de Madri entrou em rota de colisão com as autoridades locais. Nessa sexta-feira, o comando da capital espanhola rejeitou os apelos do governo central para um lockdown total da cidade, mantendo apenas alguns distritos em quarentena.


Quando a ordem entrar em vigor, na segunda-feira (28), mais de 1 milhão de pessoas só terão permissão para entrar e sair de suas zonas de origem por motivo de trabalho, escola, questões legais ou de saúde. As reuniões públicas e privadas foram limitadas a seis pessoas, e os parques foram fechados.


Islândia


A situação parece ter se agravado até em países que tinham a pandemia sob controle. Nessa sexta-feira, o governo da Islândia anunciou um nicho de cerca de 100 infecções que teriam sido causadas por dois turistas franceses.


Epidemiologista do governo, Thorolfur Gudnason disse que os dois franceses chegaram em meados de agosto e testaram positivo, mas se recusaram ficar em isolamento. Os casos foram rastreados e ligados à ida dos turistas a dois bares de Reykjavik — 2 mil pessoas foram colocadas em quarentena.

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