Congresso brasileiro propõe classificar movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como organizações terroristas. A justificativa para essa proposta surge no contexto das recentes invasões de terras em várias regiões do país. A intenção é fortalecer a Lei Antiterrorismo para combater ações violentas relacionadas a essas ocupações. Parlamentares argumentam que incluir o MST como grupo terrorista segue a mesma lógica que criminalizou os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro. A proposta está em debate, gerando polêmica e demandando uma análise cuidadosa dos desdobramentos dessa questão.
Na quarta-feira (10), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que equipara as ações praticadas por grupos criminosos organizados a atos terroristas. A proposta seguirá para a Câmara dos Deputados. Após os eventos destrutivos ocorridos nas sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governo planeja propor uma série de alterações nas leis para reprimir manifestações políticas violentas, como as ocorridas em 8 de janeiro. Além disso, pretende modificar os critérios de seleção das forças de segurança responsáveis pela proteção das autoridades dos três poderes da República. Nesse contexto, o MST e outros movimentos sociais podem se tornar alvo da legislação antiterrorismo.
