Concurso da Prefeitura de Tiros é suspenso após investigação de fraudes e favorecimento pessoal

Concurso da Prefeitura de Tiros é suspenso após investigação de fraudes e favorecimento pessoal

A Justiça determinou a suspensão da nomeação dos aprovados em um concurso da Prefeitura de Tiros, cidade com menos de 10 mil habitantes no interior de Minas Gerais, após o processo seletivo ser investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por diversas denúncias de possíveis fraudes.


Segundo o MPMG, 25 dos 29 cargos disponibilizados no edital e seus respectivos resultados apresentam fortes indícios de favorecimento pessoal de candidatos, com muitos dos aprovados e classificados dentro das vagas já ocupando cargos na administração municipal, sem concursos, ou sendo parentes de pessoas que ocupam tais cargos.


Além disso, muitos dos candidatos aprovados alcançaram notas “exemplares”, passando dos 90% de aproveitamento na prova, levantando suspeitas sobre a integridade do processo seletivo.


Com isso, o juiz da Vara Única de Tiros, Luis Mário Leal Salvador Caetano, determinou que a Prefeitura Municipal de Tiros está proibida de nomear as pessoas que constam na lista de aprovados no concurso. Agora, o Município tem um prazo de cinco dias após a notificação para recorrer.


As investigações do MPMG apontaram ainda que houve venda de gabaritos para candidatos e que assessores e funcionários da Prefeitura teriam participado da elaboração do edital do concurso e sido aprovados na prova. Uma das candidatas foi aprovada com 29 acertos nas 30 questões do teste, mesma nota obtida pela filha dela, também classificada para o mesmo cargo.


A denúncia e a suspensão do concurso reforçam a necessidade de transparência e integridade nos processos seletivos, especialmente em municípios menores, onde é mais fácil ocorrerem casos de favorecimento pessoal e corrupção. As autoridades locais pedem que a população colabore com informações que possam ajudar a esclarecer o caso e que denunciem qualquer atividade suspeita à polícia e ao MPMG.

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